Especialistas alertam para prevenção à surdez
Especialistas alertam para prevenção à surdez
Por Lucas Carvalho, da Agência Saúde DFAtendimento a Imprensa(61) 3348-2547/2539 e 9862-9226

Domingo (10) é o dia mundial de prevenção à doença
No próximo domingo, 10, será comemorado o dia mundial de prevenção à surdez. A data marca a importância dos cuidados necessários que devem ser tomados com a audição. Segundo especialistas, fatores que causam a surdez, como a Perda de Audição Produzida por Ruído (PAPR), poderiam ser evitados se houvesse mais cuidados com os ouvidos.
A otorrinolaringologista Regina Ribeiro explica que a perda auditiva é, na maioria dos casos, irreversível. Segundo ela, a importância de se adiantar no tratamento quando surgirem os primeiros sinais de falha na audição é fundamental para que, ao menos, possam ser amenizados os danos. “Hoje a Secretaria de Saúde conta com atendimento de ponta para ‘remediar’, ou seja, cuidar do problema já existente. Mas, como no famoso ditado, é ainda mais importante prevenir”, alerta.
Uma das formas de prevenção mais práticas, explica Regina, é o cuidado com o nível de Decibéis (db - unidade que mede a frequência sonora) que é utilizada em aparelhos de som. “A faixa etária que vai dos 12 aos 30 anos de idade vai a festas e usam fones de ouvido muito altos”, diz a médica.
O nível recomendado para ruídos nos ouvidos é de 30db. O aparelho que mede essa frequência é o Decibelímetro, geralmente utilizado por fonoaudiólogos e técnicos de som. No dia-a-dia, explica Regina, sem o auxílio do aparelho, existe uma maneira prática de saber se o som no fone de ouvido está alto: “Se a pessoa que está ao seu lado tiver escutando o seu som, é sinal de que você deve abaixá-lo”.
Causas
São inúmeras as causas da surdez. De uma forma geral, pode-se distribuí-las em inevitáveis e evitáveis. Fatores genéticos são praticamente irreversíveis. Porém, se tratados precocemente, há probabilidade de melhorias. Já fatores como a Perda de Audição Produzida por Ruído (PAPR) são exemplos de causas evitáveis.
Há ainda a surdez súbita que, na maioria dos casos, é reversível. O sintoma dela é a perda imediata da audição de um ou dos dois ouvidos.
Há, também, a surdez contraída é pela bactéria pneumococo que, se desenvolvida em regiões como a mastoide (ouvido médio), pode desencadear o problema.
Outras podem ser causadas, também, por viroses como Caxumba e Sarampo.
Prevenção
Para o caso de PAPR no trabalho, conhecido como Prejuízo Ocupacional Auditivo, a recomendação é que os trabalhadores expostos ao ruído utilizem protetores auditivos. A Norma Regulamentadora (NR) 6 que trata sobre os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), aprovada pela Portaria nº 25/2001, obriga os empregadores de empresas que lidam com os altos ruídos a fornecerem abafadores para os ouvidos dos servidores.
Desde 2010 o Governo Federal viabilizou a vacina antipneumocócica, que neutraliza a bactéria pneumococo. O exame para descobrir se a bactéria está em locais possíveis para causar a surdez é o chamado “Cultura”.
A forma mais precoce de se detectar problemas de surdez é ainda no recém-nascido. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o chamado Teste da Orelhinha. “Nesse teste nós temos a visão geral de como tratar o problema para que, se possível, esse futuro adulto ouça melhor”, explica a otorrinolaringologista Regina.
Tratamento
A Secretaria de Saúde oferece o tratamento preventivo para quem sente os primeiros sintomas da surdez. Caso a pessoa sinta que exista algum problema na audição, deve procurar imediatamente uma unidade de saúde.
Os passos para o tratamento são:
1. Procurar o Centro de Saúde mais próximo. Lá, o clínico geral irá encaminhar o pedido para um dos hospitais regionais;
2. Na regional é realizado o exame físico para detectar fatores como má formação, perfurações no sistema auditivo etc;
3. É solicitado o exame de audiometria completa para os profissionais de fonoaudiologia;
4. O médico analisa os resultados do exame para chegar ao diagnóstico.