23/01/2014 às 20h10

Exposição que retrata mulheres mastectomizadas chega ao HRAN

Por Lucas Carvalho, da Agência Saúde DFAtendimento à imprensa:(61) 3348-2547/2539 e 9682-9226

Campanha incentiva o tratamento precoce do câncer de mama


A Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília (Recomeçar), em parceria com a Secretaria de Saúde do DF (SES/DF), apresenta a exposição “Recomeço” no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) até o dia 07 de fevereiro. São 22 placas exibidas no corredor dos ambulatórios, cada uma com a foto e um texto com a história de uma mulher que teve um ou dois seios reconstruídos após o câncer de mama, além de informativos sobre a doença.

O objetivo é conscientizar as mulheres da importância de descobrir precocemente a doença, que acomete 1000 mulheres todos os meses no Brasil. Segundo a presidente da Recomeçar, Joana Jeker, este número poderia ser reduzido de forma significativa se não houvesse tanto “tabu” envolvido no assunto. “Queremos que as mulheres que são diagnosticadas com o câncer e precisam retirar alguma das mamas saibam que é possível ter uma vida normal após a reconstrução mamária”, afirma.

A exposição “Recomeço” é itinerante e ainda passará por outros locais públicos do DF. Os próximos destinos serão o Hospital Materno Infantil (HMIB), na Asa Sul, e o Hospital Regional do Guará (HRGU). A SES/DF abre o espaço nas unidades de saúde para que a informação seja ainda mais propagada às mulheres que frequentam os hospitais.

Para o coordenador do HRAN, Renato Teixeira, a ação dentro de um hospital é fundamental para que a conscientização das mulheres seja completa. “Quem está no hospital veio para buscar a saúde, seja a própria ou a de alguém próximo. Dentro deste contexto, a informação é mais eficaz para quem lê os panfletos”, acredita.

A aposentada Elisabete Alves, de 62 anos, descobriu um pequeno nódulo em um dos seios em dezembro de 2012. Em um dos dias de consulta no HRAN ela notou as placas rosas com fotos de mulheres e as respectivas histórias. “Quando parei para ler, achei muitas histórias parecidas com a minha própria. Isso me encorajou a continuar o meu tratamento, independente do que for acontecer daqui pra frente”, conta. Ela também explica que não precisou retirar a mama, pois o diagnóstico foi precoce.

A filha de dona Elisabete, a administradora Carla Braga, de 25 anos, mesmo estando longe da faixa etária de maior risco à doença (acima dos 35 anos) ela já faz o exame do toque em casa. “Sempre achei importante prevenir, mesmo sendo nova. A exposição me trouxe mais informações sobre o assunto”, diz.

Outubro Rosa
A associação Recomeçar atua a partir da campanha mundial chamada Outubro Rosa, que promove diversas ações no mundo para conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. A ideia é usar o mês de outubro para que o mundo se lembre da causa. Porém, Joana explica que a prevenção deve ser o ano inteiro. “Este mês e a cor rosa são apenas símbolos. A prevenção e o cuidado com a saúde da mulher devem durar o ano inteiro”, afirma.