GDF vai oferecer atividades culturais nos hospitais
GDF vai oferecer atividades culturais nos hospitais
Por Celi Gomes, da Agência Saúde DFAtendimento à imprensa: (61) 3348-2547/2539 e 9862-9226

Finalidade é investir na humanização dentro da área da saúde
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Secretaria de Cultura e Secretaria de Comunicação vão desenvolver a partir de fevereiro atividades culturais dentro das unidades hospitalares da rede pública de saúde. O objetivo do Circuito de Ocupação Cultural para a Saúde é reduzir a tensão desses ambientes investindo na humanização.
Um termo de cooperação técnica foi assinado na manhã desta quarta-feira, 29, no Palácio do Buriti, por representantes de cada instituição parceira. “Já conhecemos os benefícios que as atividades culturais, como a música, por exemplo, proporcionam ao ambiente hospitalar. Essa iniciativa vai contribuir para a recuperação da saúde dos pacientes”, ressalta o secretário de Saúde, Rafael Barbosa.
Entre as atividades educativas a serem desenvolvidas pelo projeto estão manifestações e apresentações culturais, lançamentos de livros, exposições artísticas, show musical, oficina de confecção de brinquedos populares, leitura de cordel, teatro infantil e recital de poesia oferecido aos pacientes, profissionais da saúde e comunidade acadêmica.
A primeira etapa do projeto tem duração de três meses e vai levar atividades para os centros de saúde do DF, hospitais regionais, Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atendimentos Psicossociais (Caps) e para a Fiocruz Brasília. No dia 3 de fevereiro está programado um almoço musical no Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
Representante da SES-DF no Comitê Gestor do Circuito da Rede Saúde e Cultura, o servidor Vittor Ibanes, afirma que será um projeto piloto. “Além do HRC, na primeira etapa, realizaremos as atividades no Centro de Atenção Psicossocial de Taguatinga (Caps II), Centro de Saúde 1 de Planaltina e na Fiocruz”, comenta. Segundo ele, ao final da primeira edição, outras unidades serão contempladas.
O público-alvo são usuários da rede pública de saúde e servidores. “O projeto visa sensibilizar os servidores para o grande potencial das atividades culturais tanto como auxiliares das terapias médicas como também promotoras de qualidade de vida no ambiente de trabalho”, complementa Vittor.
Enfermagem em cordel
Uma das artistas selecionadas para participar do circuito cultural é a enfermeira e escritora Onã Silva, lotada no Hospital Regional do Guará (HRGu). Onã é autora do primeiro livro sobre historias da enfermagem utilizando a literatura de cordel. Em “Histórias da Enfermagem no Universo de Cordel”, ela aborda temas relacionadas à vida dos profissionais da área, exaltando as lutas da categoria, os personagens históricos e as experiências vividas ao longo de 26 anos de trabalho.
O livro de Onã recebeu a homologação do RankBrasil – Livro dos Recordes – como primeiro livro sobre historias da enfermagem utilizando a literatura de cordel. A obra também recebeu recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) para publicação. “Eu utilizo minhas experiências profissionais na criação dos cordéis, juntando minhas duas paixões: a enfermagem e a literatura”, afirma Onã.
As primeiras participações de Onã no Circuito Vultural serão nos dia 11 e 13 de março no Hospital Regional Planaltina e no Caps-AD de Ceilândia. Nessas unidades, a escritora vai declamar algumas poesias de seu livro.
O enfermeiro Amador Soares Ferreira do Centro de Saúde 1 de Planaltina, usa a musica para se aproximar e preparar os pacientes para o atendimento. Ela toca violão, gaita, cavaquinho e harpa nos corredores. “O resultado é imediato, já que a música permite a adesão terapêutica, acalma, retira a ansiedade e ainda relaxa o cérebro para absorver informações”, diz.