20/09/2022 às 10h59

Geriatra alerta para população sobre como evitar a doença de Alzheimer

Em 2047, 21% da população mundial será composta por idosos. Em 2018, esse percentual já era de 13%

Agência Brasília

Em 21 de setembro, é celebrado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e, aqui no Brasil, a data também marca o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. No Distrito Federal, embora não haja um levantamento de quantas pessoas enfrentam este e outros tipos de demência, profissionais da saúde, de diversas áreas, tratam doentes em busca de retardar o avanço da enfermidade, apoiar familiares e conscientizar pessoas quanto à importância de hábitos como a prática de exercícios físicos e alimentação saudável para evitar o desenvolvimento da doença.

Geriatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), Larissa de Freitas disse que a tendência mundial é o rápido envelhecimento da população. “Em 2047, 21% da população mundial, o equivalente a 2 bilhões dos habitantes do mundo, será de idosos. Em 2018, 13% da população do mundo tinha 60 anos ou mais, número que representa 1 bilhão de pessoas”, avalia a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. No DF, em 2020, 14% dos moradores da cidade, equivalente a 346 mil pessoas, eram idosos, variando de acordo com a região administrativa.

O Distrito Federal, assim como acontece em todas as partes do mundo, se prepara para enfrentar o avanço dessas doenças degenerativas. De acordo com Larissa de Freitas, existem dez ambulatórios de geriatria em toda a cidade, destinados a atender as sete regiões de saúde. Em cada uma delas, há pelo menos um geriatra.


Equipes da Secretaria de Saúde desenvolvem atividades variadas com o objetivo de retardar o avanço do Alzheimer nos pacientes que buscam tratamento nas unidades da pasta. Foto: Hudson Azevedo - Secretaria de Saúde do DF

Taguatinga, que faz parte da Região Sudeste de Saúde, possui a mais completa equipe de atendimento de Alzheimer, na Policlínica da cidade. O grupo, chefiado pelo fisioterapeuta Hudson Azevedo, é composto por três geriatras, dois terapeutas ocupacionais, um fonoaudiólogo, uma psicóloga, um fisioterapeuta, uma assistente social e três enfermeiras. De acordo com Larissa, o objetivo é aumentar o atendimento aos doentes de Alzheimer do DF.

“As pessoas diagnosticadas chegam aqui por meio da regulação. Cada geriatra recebe dois novos pacientes por plantão e estes fazem quatro retornos”, explicou Hudson.


 

Mas a equipe vai além das consultas ambulatoriais. São oferecidos cursos de capacitação para que familiares possam cuidar dos pacientes e grupos de dança, cuja adesão acontece por demanda espontânea. As aulas de dança acontecem todas as segundas-feiras, às 9h e às 16h. De acordo com Hudson, a turma da manhã tem dez alunos e, a da tarde, 12. “A dança faz com que os pacientes melhorem a marcha, o humor e a memória”, destacou o responsável pela equipe.

Mas Hudson faz uma observação aos idosos do DF: “É preciso sair do imobilismo, se alimentar melhor”, conclui.


A geriatra Larissa de Freitas e o fisioterapeuta Hudson reúnem familiares de pacientes em cursos de dança que contribuem para a qualidade de vida dos idosos. Foto: Hudson Azevedo - Agência Brasília