Hospital de Taguatinga zera lista de cirurgia de amígdalas
Hospital de Taguatinga zera lista de cirurgia de amígdalas
Claudete Nascimento, da Agência Saúde DF
Mais de 200 crianças foram atendidas
Em janeiro de 2013, 400 crianças estavam na lista de cirurgia de adenoamigdalectomia (remoção das amígdalas e adenoídes) da Unidade de Otorrinolaringologia do Hospital Regional de Taguatinga (UOT/HRT).
Todas as crianças inscritas foram convocadas para triagem. Uma parte dos pacientes que aguardava na lista não foi localizada, por provável troca de endereço e telefone. Outra parte já havia sido operada em outros serviços da rede de saúde. Alguns já não tinham indicação de cirurgia ou eram portadores de alergia nasal, cujos sintomas eram semelhantes de adenóides. Dos pacientes triados, 220 passaram pelo procedimento, zerando a fila.
“A vida da minha filha mudou completamente depois da cirurgia de amígdalas. Antes da operação vivíamos no pronto socorro, pois ela sentia dores na garganta e febre, o que impossibilitava a ida dela para a escola. Agora, ela está muito saudável, graças à Deus e aos profissionais que fizeram a cirurgia”, relata Beatriz Maria de Carvalho, mãe da paciente R.F, 7 anos, operada há dois meses no HRT.
Os problemas mais comuns que acometem os pacientes portadores de adenoamigdalite são as infecções freqüentes das amígdalas, obstrução nasal que provoca alteração do sono, com roncos e apnéias (parada da respiração), alteração do humor, sonolência diurna e mau rendimento escolar. Quando o tratamento clínico não resolve está indicada a cirurgia.
Para o chefe da unidade UOT, Paulo Eli Coelho de Lima, a cirurgia de amígdala reflete diretamente na qualidade de vida do paciente. “Quando a criança passa pelo procedimento de adenoamigdalectomia, ela vai menos ao hospital, pois já não sofre de infecções recorrentes na garganta, além da melhoria no quadro do sono e da abstenção na escola. Tudo isso proporciona incremento na qualidade de vida da criança e de seus familiares,” destaca o especialista.
De janeiro a março deste ano, a UTO realizou 7.485 procedimentos, que inclui 5.461consultas ambulatoriais; 1.932 atendimentos emergenciais e 92 cirurgias (eletivas e emergência).
Para atender a demanda, o HRT intensificou o atendimento na unidade, disponibilizando especialistas, principalmente anestesiologistas, além de salas cirúrgicas para realização do procedimento.