Hospital Regional do Guará promove Dia D da segurança do paciente
Hospital Regional do Guará promove Dia D da segurança do paciente
World Alliance for Patient SafetyLeandro Cipriano, da Agência Saúde Foto: Divulgação/Saúde-DF

Eliminar a cultura punitiva ao profissional de saúde e esclarecer dúvidas de servidores sobre as melhores práticas nos hospitais foi o objetivo do Dia D da segurança do paciente, evento promovido no Hospital Regional do Guará (HRGu).
Rodas de conversa e visitas educativas foram feitas com servidores de saúde da unidade, nesta quinta-feira (31), pela alta gestão do hospital e da Superintendência da Região de Saúde Centro-Sul, responsável pelo Guará. A ideia foi reforçar, de forma positiva, as metas internacionais de segurança do paciente, buscando aumentar a adesão dos profissionais de saúde na iniciativa.
“O compromisso das lideranças é de difundir a ideia de mudança de comportamento, presencialmente, nos setores e reforçar a importância da cultura de segurança como fator indutor de um cuidado de saúde mais seguro”, afirma a superintendente da Região de Saúde Centro-Sul, Moema Campos, que fez parte da visita.
“Ações como esta servem para sensibilizar e tirar a ideia de punição ao servidor. Queremos deixar claro que a cultura da segurança do paciente é diferente da cultura que predomina nas instituições, de penalizar as falhas nos serviços. Eventos adversos acontecem e é importante aprender com eles para melhorar os processos”, reforça a chefe do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP) do HRGu, Ana Carolina de Lima.
Os incidentes associados ao cuidado de saúde e, em particular, os eventos adversos (incidentes com danos ao paciente), representam uma elevada morbidade e mortalidade nos sistemas de saúde.
Por isso, a Organização Mundial de Saúde (OMS), demonstrando preocupação com a situação, criou a Aliança Mundial pela Segurança do Paciente (). Destina-se a organizar os conceitos e as definições sobre segurança do paciente e propor medidas para reduzir os riscos e diminuir os eventos adversos.
“Entre elas, reforçamos com os servidores a, sempre, fazerem as notificações de eventos adversos que ocorram nos setores, para que possamos aprender com eles. Eles podem acontecer por inúmeras causas. É importante ficarmos atentos e bem informados, de forma a modificar os processos para que não ocorram mais falhas”, ressalta Ana Carolina.
Logo após as visitas, um questionário foi entregue aos profissionais de saúde do HRGu para avaliarem a implementação da cultura de segurança do paciente no ambiente de trabalho. Depois disso será feito um comparativo com as respostas entregues no questionário anterior, finalizado em janeiro de 2018, para identificar quais pontos podem melhorar na unidade.
MEDIDAS – Há seis anos, o Ministério da Saúde definiu as políticas do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), instituído pela Portaria GM/MS nº 529/2013. Desde então, a Secretaria de Saúde do DF trabalha o tema junto às áreas técnicas da rede.
A Segurança do Paciente possui os protocolos prontos, conforme cada meta. A partir disso, é feito um Procedimento Operacional Padrão (POP) para que seja alcançada a melhoria dos processos de trabalho internos.
Além das ações realizadas para diminuir riscos à saúde do paciente nos locais em que ele é atendido, como ambulatórios, hospitais e clínicas, uma das intenções do governo federal é incentivar, por meio do programa, a participação ativa de pacientes, familiares e acompanhantes na captação de informações sobre qualquer procedimento realizado que tenha provocado danos à saúde do usuário, durante a internação e o atendimento.