16/09/2016 às 20h35

HRGu discute segurança do paciente com servidores

Os encontros serão semanais e abordarão diversos temas

BRASÍLIA (16/9/16) - O Núcleo de Segurança do Paciente iniciou, nesta semana, o projeto "Roda de Conversa" com os servidores do Hospital do Guará (HRGu) que tem como slogan "Sua dúvida será a nossa discussão". O primeiro tema escolhido foi a segurança do paciente. O objetivo é sensibilizar os profissionais quanto às metas estabelecidas pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente, instituído pelo Ministério da Saúde, em 2013.

Ao todo, o programa preconiza seis metas a seguir e colocar em prática – identificação do paciente, comunicação efetiva, melhorar a segurança dos medicamentos, redução de infecção e prevenção de queda e úlcera de pressão (UPP). Os encontros serão semanais e abordará assuntos diversos.

O HRGu quer trazer para a sala de treinamento assuntos e dúvidas do cotidiano do servidor. A chefe do núcleo Cristiane Mamede destacou que o primeiro passo é explicar pontualmente ao servidor o que é o programa para então poder assim, aplica-lo na unidade.

"Esse trabalho do Ministério da Saúde tem apenas três anos e ainda sofre com a desconfiança e preconceito do servidor que pensa que estamos aqui para denunciar e punir. O que não é verdade. Nosso trabalho é fazer com que as normas sejam cumpridas e com isso, trazer não só a segurança para o paciente como também a dele. Se algo acontece a um paciente, é nossa responsabilidade saber o que aconteceu, como aconteceu para poder adotar as providências cabíveis", afirmou Mamede.

Para isso, o programa preconiza que os eventos relacionados à segurança do paciente, deverão ser notificados. Então, caso haja queda do paciente da cama, aplicação errada do medicamento, falhas durante a cirurgia, entre outros, esses problemas podem causar danos à saúde do paciente e devem ser comunicados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dessa maneira, o programa busca promover a melhoria contínua dos processos assistenciais, com o objetivo de reduzir, a um mínimo aceitável, o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde.

Eulina Ramos, enfermeira do Núcleo de Controle de Infecção, participou da discussão do primeiro tema e enfatizou a importância de se manter processos de trabalhos dentro das diretrizes estipuladas o Ministério da Saúde para que os problemas sejam diminuídos.

"Sempre digo que normas e diretrizes foram feitas para serem seguidas e temos que fazer a nossa parte, mesmo com toda adversidade. Vamos adequar à nossa realidade. Por exemplo, o HRGu não tem cirurgia, mas há tópicos da Cirurgia Segura que podemos aproveitar em nossos processos. Já no ponto da medicação, os hospitais trabalham com medicações que possuem normas de uso restrito, não só pela sua composição e efeito, mas também por conta do seu alto custo. Então, é preciso ter o controle dessa medicação desde o momento que ela é solicitada. Isso é segurança dos medicamentos. Com isso, estamos reduzindo erros na prescrição, dispensação e administração de medicamentos", declarou.

Marinalva Lima, técnica em enfermagem, elogiou a iniciativa e destacou a importância do projeto. "Sensibilizar não é algo fácil. No entanto, estamos lidando com vidas, um erro pode ser fatal e você pode carregar esse peso por toda a vida", declarou

Além das ações realizadas para diminuir riscos à saúde do paciente nos locais onde ele é atendido, como ambulatórios, hospitais e clínicas, uma das intenções do Governo Federal é incentivar, por meio do programa, a participação ativa de pacientes, familiares e acompanhantes, na captação de informações sobre qualquer procedimento realizado que tenha provocado danos à saúde do usuário durante a internação e atendimento.

O Brasil faz parte da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2004.