Marcação descentralizada de consultas acaba com filas nos hospitais - 705
Marcação descentralizada de consultas acaba com filas nos hospitais - 705
Mais facilidade para o paciente
Os exames e consultas médicas para toda a Rede Pública de Saúde do Distrito Federal podem ser marcados em qualquer regional do DF. A Secretaria de Saúde tem descentralizado o serviço para facilitar as marcações e agilizar o atendimento. “O secretário Rafael Barbosa quer assistência de qualidade, perto da casa do paciente. Isso evita deslocamentos desnecessários e otimiza a utilização dos serviços nas regionais, justamente num momento de fragilidade física do usuário”, disse o diretor geral do HBDF, Dr. Julival Ribeiro.
Hoje, a maioria dos profissionais especializados tem à sua disposição equipamentos de informática ligados ao Sistema de Regulação da Secretaria de Saúde do DF (SES) e Ministério da Saúde (MS), o SISREG. “Trata-se de uma regulação democrática e eficiente, assistida pelos principais gerentes da SES, sem possibilidade de privilegiar usuários – como acontecia, antes dessa transparência e controle. Quem tem acesso para mudar ou acrescentar é a Central de Marcação, que fica na Gerência de Controle e Avaliação – GRCA ”, explica a gerente da GRCA do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), Cristiane Márcia Marinho dos Santos.
Agilidade e economia
“A população ganha tempo sendo atendida perto de casa e economiza o dinheiro do transporte já que não precisa vir ao HBDF ou a outro grande hospital da rede. Isso é um mito. O paciente gasta com passagem e tempo porque está mal informado. As especialidades de oftalmologia e cardiologia, por exemplo, são reguladas pelo SISREG. Os exames de imagem, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e mamografia também podem ser marcados em qualquer Hospital Regional ou Unidade Básica de Saúde do DF, tendo uma solicitação de atendimento médico”, disse a chefe do Núcleo de Marcação e Matrícula de Pacientes do HBDF – NUMPA, Maria Trindade Magalhães.
As filas que ainda se veem eventualmente no ambulatório do HBDF se justificam. O problema da grande demanda é agravado pela má informação de muitos. “Tem gente que vem para cá e quer ser atendido. Não é assim que funciona num hospital de alta complexidade. Consultas rotineiras ou de pouco risco são realizadas em hospitais regionais, nas UPAS, centros de saúde e pelas equipes de Saúde da família. E as pessoas não entendem isso. Permanecem nas filas, mesmo depois de orientadas por um profissional do HBDF. Parece que só acreditam na informação se ela for prestada por um servidor no guichê de marcação. É necessário que fique claro à população que só atendemos com encaminhamento, emitido por um médico da Rede Pública de Saúde do Distrito Federal. E esse encaminhamento deve ser feito pela Regional. Ele deve ir até a sua regional para agendar a consulta de primeira vez”, disse a enfermeira gerente do Ambulatório do HBDF, Ana Aline Freitas.
José Roberto Bueno