Morte de homens na faixa de 60 a 69 anos é maior que a das mulheres
Morte de homens na faixa de 60 a 69 anos é maior que a das mulheres

Pesquisa da SES foi divulgada hoje. Dados se referem ao Distrito federal
BRASÍLIA (16/12/16) – A mortalidade precoce dos idosos do sexo masculino é quase o dobro da feminina. Dos óbitos masculinos, ocorrem 16,6 mortes precoces (60 a 69 anos), a cada mil habitantes, enquanto a estatística feminina é de 9. Os dados são da pesquisa "Situações de saúde, vida e morte da população idosa residente no Distrito Federal", lançada nesta sexta-feira (16), no auditório da Fundação Hemocentro.
A pesquisa revela as principais causas de morte precoces. De 2008 a 2014, foram 1168 óbitos causados por neoplasias malignas do órgão digestivo, 1168 em função de doenças isquêmicas do coração, 1147 de outras formas de doenças de coração, 731 de diabetes mellitus e 728 de doenças cerebrovasculares.
"É necessário dar ênfase a essas doenças, que também são causa de internação dos idosos", alertou a coordenadora de campo da pesquisa, que é aluna de mestrado profissional da unidade e servidora do setor de Ciclos de Vida da Secretaria de Saúde, Thaís Garcia.
O relatório também traz dados sobre as internações hospitalares de 2008 a 2012. No primeiro ano avaliado, ocorreram 178.607 internações, enquanto em 2012 foram 178.607. Porém, houve aumento das internações de idosos, que aumentou de 27.209 para 29.620.
"Quanto a vulnerabilidade, 32% da população idosa do DF está com vulnerabilidade e dificuldade de realizar as atividades diárias ou incapacidade. Então é preciso estimular um estilo de vida mais saudável para os idosos", disse a coordenadora da pesquisa, ao destacar que 52% dos idosos não fazem atividade física.
Outro dado relevante é que a incontinência urinária foi encontrada em 25% dos casos, a polifarmácia (uso de mais de 5 medicamentos) em 23% dos casos e 27% dos idosos sofreram com queda no último ano de estudo.
Para Thaís, a saúde bucal também é um grande problema. Apesar de 74% relatarem que usavam próteses, apenas 30% foram consultados com odontologista no último ano. "Além disso, mais da metade dos que usavam próteses informaram que precisavam fazer a troca, porque o item já estava em mal estado de conservação", concluiu.
RELATÓRIO - O produto foi elaborado a partir de um financiamento de um edital publicado em 2012 pela Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (FEPECS). O desenvolvimento foi feito pela coordenadora de campo da pesquisa, que é aluna de mestrado profissional da unidade e servidora do setor de Ciclos de Vida da Secretaria de Saúde, Thaís Garcia.
A elaboração também teve a participação da orientadora da Fepecs, coordenadora e doutora em ciências da saúde, Maria Liz Oliveira.
A pesquisa tem formato livro, brochura e PDF, o qual estará disponível no site da Secretaria de Saúde, na aba Programa Saúde do Idoso.