20/05/2013 às 18h36

No DF quase 92% das meninas foram vacinadas contra HPV

Aplicação da segunda dose começa dia 3 de junho

Em menos de dois meses a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) vacinou 57.775 meninas contra o Papiloma Vírus (HPV), o que representa 91,90% da meta da SES/DF, que é imunizar 62.862 estudantes das redes pública e particular de ensino do DF, nascidas entre 2000 e 2002.

“Para garantir a efetividade da vacina é necessária a aplicação de três doses, com intervalo de 60 e 180 dias após a primeira. A segunda dose será aplicada de 3 a 28 de junho e a terceira de 30 de setembro a 1º de novembro”, explica a gerente de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Secretaria de Saúde, Cristina Segatto.

Segundo Cristina, aproximadamente 4 mil meninas deixaram de ser vacinadas porque faltaram no dia ou por não terem sido autorizadas pelos pais. “Alerto sobre a importância da prevenção contra o HPV e os riscos que ele oferece à saúde. Essa vacina protege principalmente contra o câncer de colo do útero, uma doença grave, que somente em 2012 foi responsável pela morte de 90 mulheres no DF”, afirma.

O sucesso da imunização, uma ação pioneira no país, conta com a parceria de profissionais da Secretaria de Educação, que desde o dia 8 de março foram treinados por técnicos da SES para ajudar na vacinação e orientar as famílias das estudantes sobre a importância da ação.

Para a subsecretária de Vigilância à Saúde, Marília Coelho, a introdução dessa nova vacina é um dos projetos mais importantes do Governo do DF, nos últimos tempos. “O custo beneficio será muito grande, pois vai evitar 70% dos casos de câncer de colo de útero e trazer economia para o sistema de saúde”, diz, acrescentando que o tratamento da doença é um dos mais caros.

A SES-DF investiu cerca de R$ 13 milhões na compra das vacinas. O custo estimado de cada dose, que imuniza contra quatro tipos de papiloma vírus relacionados ao câncer de colo de útero, é de R$ 72,50.

Existem duas vacinas contra HPV aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que estão comercialmente disponíveis em clínicas privadas: a quadrivalente, que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, que confere proteção contra HPV 16 e 18.

O Ministério da Saúde ainda estuda a viabilidade de introdução da vacina no calendário nacional. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou, em setembro, um projeto de lei que propõe a aplicação de vacinas contra o HPV em meninas com idade entre nove e 13 anos, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta agora será analisada pela Câmara dos Deputados.

Frederico Prado