Novo aparelho vai agilizar a classificação de risco
Novo aparelho vai agilizar a classificação de risco
O tempo de avaliação será de no máximo três minutos
Começou nesta terça-feira (22), no Hospital de Base do DF, a apresentação do novo aparelho que será utilizado na classificação de risco de todas as unidades de urgências e emergências do Distrito Federal. A tecnologia torna o procedimento de classificação mais rápido, passando de dez a 12 minutos para, no máximo, três. Ela evita, também, erros de registro. Todos os aparelhos de aferição dos parâmetros vitais são acoplados à máquina, que envia os dados para o sistema de prontuário eletrônico da Secretaria de Saúde do DF (SES/DF).
De acordo com a coordenadora da Política Nacional de Humanização, Simone Barcelos, o Hospital de Base será o primeiro a utilizar o novo aparelho. “A previsão é de que a tecnologia passe a ser utilizada no hospital a partir de março. As demais unidades serão contempladas em seguida. Em junho, pelo menos 70% dos pontos de urgências e emergências do DF já estarão utilizando o novo aparelho”, ressalta. A coordenadora explica que esse tempo é necessário para capacitar e treinar os profissionais.
A classificação de risco tem como objetivo avaliar a situação de gravidade do paciente e, a partir dessas informações, definir a prioridade do atendimento. Segundo Simone, “essa avaliação deve ser rápida para que os pacientes mais graves sejam atendidos com maior rapidez”. Ela ainda esclarece que a classificação é o primeiro contato entre o paciente e o profissional de Saúde e não é um diagnóstico médico.
A técnica de enfermagem Fátima Villaça, que trabalha no acolhimento do Hospital de Base, simulou um atendimento com a queixa de dor persistente na perna e foi avaliada em 1 minuto e 22 segundos. “Está aprovadíssimo. É muito mais rápido e eficiente”, destaca.
O novo aparelho contém um oximetro de pulso, que afere a saturação de oxigênio e a frequência cardíaca de forma simultânea; um glicosímetro, que mede a glicemia capilar; um termômetro timpânico (colocado no ouvido), que obtém a temperatura corporal em apenas três segundos, e um aparelho de pressão arterial. Além disso, a tecnologia possui tela touch screen e impressora integrada.
De acordo com a analista clínica da empresa que desenvolveu o aparelho, a enfermeira Michelle Ferreira, a máquina também possui leitor biométrico e registra quem realizou a classificação, o tempo e a avaliação diretamente no sistema de prontuário eletrônico.
Outro benefício ressaltado pela coordenadora Simone é quanto ao acesso de dados do sistema de prontuário eletrônico. “Vai melhorar muito a disponibilização de informações, como indicadores e relatórios, para os gestores. Esses dados vão auxiliar nas tomadas de decisões”, conclui.
Rafaela Marrocos