31/12/2020 às 13h33

Novo equipamento deve ampliar capacidade de diagnósticos no Lacen

Doação foi feita pela empresa JBS, com intermédio do Ministério da Saúde

Equipamento trará celeridade na obtenção de resultados dos exames permitindo aumento da capacidade - Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF

  CRISTINA SOARES  

O Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen) recebeu ontem (30) por doação da empresa JBS um equipamento laboratorial de extração de material genético. A iniciativa ocorreu por intermédio do Ministério da Saúde, que indicou o DF para ser uma das 21 unidades federativas contempladas com o equipamento por meio de Termos de Doações.

 

O aparelho é capaz de extrair de forma automatizada cerca de 190 amostras moleculares por hora e será usado no diagnóstico do novo coronavírus nos exames do tipo RT-PCR que são encaminhados ao Lacen.

 

“Hoje nós já dispomos de equipamentos que fazem a extração do material genético. No entanto, este doado consegue atuar de forma mais rápida, o que nos permitirá ampliar a quantidade de amostras analisadas por dia”, explicou a diretora do Lacen, Grasiela Araújo da Silva.

 

O extrator é utilizado como parte inicial das etapas de análise. A amostra feita pelo swab é preparada e inserida neste aparelho para que possa ser extraído o material genético (RNA) do vírus. Posteriormente, o material extraído é levado a um outro equipamento que o Lacen já possuí, chamado de termociclador em tempo real (RT-PCR), que é o que faz a detecção e identificação do vírus Sars-CoV-2, causador da Covid-19.

 

“Existem vários métodos utilizados para realizar a extração DNA e RNA, inclusive processos manuais. Então, quando podemos lançar mão de um equipamento para fazer este processo de forma automatizada, podemos dar maior qualidade e celeridade aos processos e aliviar o trabalho humano, evitando o desgaste profissional”, disse Grasiela.

 

A extração de DNA ou RNA é uma fase fundamental para o diagnóstico de muitas doenças e investigações com eficiência. A extração acontece a partir de materiais biológicos como sangue, saliva, células epiteliais, urina e outros fluidos corporais. A partir de então é que se analisa se o DNA ou RNA extraído é de determinado agente. Com isso, o equipamento doado auxiliará no diagnóstico de diversas outras doenças, como dengue, zika e chikungunya.

 

O diretor de Relações Institucionais da JBS, Carlos Cidade, esteve no Lacen para entregar o equipamento. O diretor explicou que “a doação faz parte das várias atividades desenvolvidas pela empresa por meio do programa ‘Fazer o bem faz bem’, lançado durante a pandemia para contribuir com os órgãos públicos no enfrentamento do novo coronavírus”.