Oficina sobre dança indígena e práticas de saúde em Planaltina
Oficina sobre dança indígena e práticas de saúde em Planaltina
Encontro discute importância dos ritmos para a saúde
A Secretaria de Saúde, por meio do Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (CERPIS) de Planaltina, realizou nessa terça-feira (23) a oficina “Ritmos do Corpo e da Natureza”, com a presença do Pajé Promoé Maé, da aldeia Yawalapíti do Alto Xingu, que falou sobre o ritmo da dança indígena, e com a médica antroposófica, Denise Franco, que abordou a importância dos ritmos para a saúde.
O evento contou com a participação de mais de 100 pessoas da comunidade de Planaltina, que ouviram músicas tocadas pelo Pajé para relaxar e acalmar, e participaram de uma roda de conversa, sobre os benefícios de algumas plantas e da cultura indígena.
O Pajé comentou sobre o ritmo de vida dos indígenas, da relação de seu povo com a natureza e de como obtém dela, através de plantas medicinais, a cura para as doenças, que, com a chegada do homem branco na região, aumentaram por causa de um desequilibro ecológico.
“Por outro lado, o contato com a natureza, tanto para os indígenas quanto para os homens brancos, promove o bem estar na pessoa, que alcança um equilíbrio físico e emocional”, comenta.
Segundo a médica Denise Franco, da Coordenação de Medicina e Terapia Antroposófica da Secretaria de Saúde, um evento como esse leva a comunidade à reflexão e à consciência do autocuidado. “É importante obedecer o ritmo da vida e adaptar aquilo que é bom para a saúde. O organismo tem o seu ritmo, quando saímos dele adoecemos, mas quando harmonizamos com a natureza temos a chance de nos curar”, diz.
A coordenadora geral de saúde de Planaltina, Mônica Rocha Rodrigues, ressalta as ações do CERPIS, que oferece cursos e palestras gratuitamente para a comunidade, como Tai Chi Chuan, automassagem, acupuntura e fornecimento de plantas medicinais. “O Centro atua na atenção primária à saúde da regional de saúde e traz muitos benefícios para a população, com palestras como essa”, afirma.
Saudável - Ela destaca que o ser humano precisa conhecer e perceber o que é saudável para seu organismo, o que não é necessariamente para outra pessoa. “Um alimento pode fazer bem para alguns e para outros fazer mal”, diz.
Para a dona de casa, Maria Coelho, a oficina foi muito esclarecedora. “Foi uma terapia participar desta oficina e vai ajudar muito no meu tratamento. Sou muito estressada e vou aplicar as informações recebidas aqui”, relata.
A costureira Ana Elite Neves, comenta que o seu cotidiano não é muito agitado. “Por ficar muito tempo em casa eu tinha dificuldades de desenvolver amizades e palestras do CERPIS, como essa, assim como a aulas de automassagem me proporcionaram esse convívio social e tem me ajudado a enfrentar as dificuldades da vida”, afirma.
Tatiane Gomes