10/06/2013 às 21h20

Palestra sobre H1N1 no Hospital do Guará

Os profissionais da Regional de Saúde do Guará poderão participar nesta terça-feira (11) da palestra “Medidas de precaução e controle em casos de H1N1 – Gripe A”, das 14h às 15h30, no auditório do HRGu.

A palestra, uma promoção do Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (NCIH), visa esclarecer aos participantes a situação atual e atualizar quanto aos procedimentos adotados para precaução e controle.

Desde a epidemia ocorrida em 2009, o NCIH trabalha na educação continuada para que os profissionais fiquem atentos à doença e tenha um olhar mais apurado para o paciente que apresenta os sintomas da gripe. A chefe do Núcleo, Svetlânia Carvalho, destaca que quanto mais rápida a identificação do caso, menor o risco de transmissão e maior sucesso no tratamento. “Quando o profissional detecta uma situação suspeita de H1N1, precisa agir rápido e da maneira adequada. Além de se proteger, ele deve orientar o paciente e tomar as medidas corretas para evitar a transmissão”, afirma.

Apesar da campanha de vacinação contra a gripe já ter acabado e o DF estar numa situação tranquila, a doença ainda se manifesta em alguns lugares do país. Dados divulgados recentemente, sobre o avanço do H1N1, fizeram o Ministério da Saúde adotar novas medidas para reforçar a estratégia de combate, como alertar médicos, tanto do serviço público como os que atendem planos de saúde, para que receitem Tamiflu em menos de 48 horas.

Temas que serão abordados na palestra:
- Modo de transmissão, higienização das mãos, uso de equipamentos de proteção, instalação de precauções, limpeza e desinfecção de ambiente, processamento de produtos para a saúde, ações em relação ao serviço de nutrição, processamento de roupas e ações em relação aos resíduos.

Situação do DF
Em 2013, até a 18 de maio, foram notificados 88 casos. Apenas 64 tiveram a prescrição do Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu) para tratamento. Sobre a campanha contra gripe, o DF ultrapassou a meta estipulada pelo Ministério da Saúde, de 80% da população por grupo alvo, alcançando 87,4%. Até momento não existe confirmação de casos graves causados por influenza A (H1N1).
Gripe A (H1N1)
A gripe H1N1, ou influenza A, é provocada pelo vírus H1N1 da influenza do tipo A, resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína, que infectaram porcos simultaneamente. O período de incubação varia de 3 a 5 dias e a transmissão pode ocorrer antes de aparecerem os sintomas.

Sintomas
Os sintomas da gripe são: febre alta, acima de 38º, 39º, de início repentino, dor muscular, de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza, cansaço e inapetência. Em alguns casos, também podem ocorrer vômitos e diarreia. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.

Prevenção
Para a população em geral, cuidados simples podem evitar a doença. O Ministério da Saúde orienta que a população adote medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar, evitar tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal. Em caso de síndrome gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido possível.

Fosfato de Oseltamivir (Tamiflu)
A orientação do Ministério da Saúde é receitar o antiviral para todas as pessoas que fazem parte do grupo de risco e que apresentem sintomas de gripe, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento. Integram esse grupo crianças menores de 2 anos, gestantes, puérperas (mulheres nos 45 dias após o parto), idosos, obesos e doentes crônicos.

Para quem não faz parte desse segmento mais vulnerável, o Tamiflu deve, segundo o Ministério, ser receitado para pacientes com sinais de agravamento de do quadro gripal, com sintomas como febre alta por três dias e dificuldade para respirar.

A prescrição e o acesso rápido ao Tamiflu é uma das principais recomendações do Protocolo de Tratamento de Influenza 2013 porque reduz as complicações e óbitos. Esse manual orienta e atualiza a conduta dos profissionais de saúde no manejo da doença.

Para atingir sua eficácia máxima, o medicamento deve ser tomado nas primeiras 48 horas após o início da doença, na forma grave. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período, o Ministério da Saúde indica a prescrição do antiviral.

O medicamento é oferecido gratuitamente na rede pública de saúde. Para retirá-lo, basta apresentar prescrição médica, que pode ser emitida por profissionais da rede pública e da privada.

Érika Bragança