14/05/2018 às 19h33

PAV Alecrim é reconhecido nacionalmente

TEXTO: Alline Martins, da Agência Saúde

PRÊMIO - O prêmio, em sua oitava edição, é uma homenagem a Neide Castanha, reconhecida defensora dos direitos humanos que dedicou parte de sua vida a lutar contra a violência a que são submetidas crianças e adolescentes no Brasil.   Além da Saúde, também foram agraciados a coordenadora do Movimento Estadual contra a Violência e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, Mariza Alberton, na categoria Cidadania; o Coletivo Filhas de Frida, na categoria Comunicação Digital; o livro infantil "Não me toca, seu boboca!", na categoria Produção de Conhecimento; Grou Turismo, na categoria Protagonismo de Crianças e Adolescentes; e a Fibria Celulose, na categoria Responsabilidade Social.   No evento, ainda foram reconhecidos publicamente a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) e o dramaturgo Walcyr Carrasco.   Esta é a segunda vez que a Secretaria de Saúde recebe o Prêmio Neide Castanha.   Em 2016, a pasta foi reconhecida na categoria Produção de Conhecimento, com o Manual do Grupo Multiprofissional, com prêmio entregue ao Nepav, pelo desenvolvimento da metodologia de atendimento às vítimas de violência.   PROGRAMA – Atualmente, a Secretaria de Saúde conta com 19 PAVs, com um total de 104 profissionais entre psicólogos, terapeuta ocupacionais, assistentes sociais, médicos, psiquiatras e técnicos.  O Alecrim é um deles e conta com seis servidores, além de três supervisores doutorandos da Universidade de Brasília.   Segundo o psicólogo do PAV Alecrim, Cássio Bravim Setubal, desde o início dos trabalhos, em 2013, até hoje, foram atendidos cerca de 150 homens. “Iniciamos com o foco em homens, mas há cerca de três anos, passamos a atender mulheres autoras também, porém, em número mínimo”, conta.   O atendimento é dividido em dois momentos: cinco atendimentos individuais, sendo um deles com a participação da família e um psiquiatra, com duração média de uma hora e meia; e outros oito encontros em grupos de 10 a 12 pessoas, com duração de cerca de três horas cada.   “Depois ainda fazemos um atendimento de monitoramento, sendo um três meses após o encerramento do grupo e outro seis meses após”, detalha Cássio.   Ele conta que a avaliação pós-atendimento mostra evoluções.   “A gente percebe que, no começo, eles vão mesmo por uma obrigação imposta pela Justiça, mas ao final, eles chegam com demandas próprias”, diz o psicólogo. Ele afirma que no atendimento, os profissionais precisam enxergar o autor não somente como acusado, mas como ser humano e, assim, eles encontram no PAV um apoio para ele como indivíduo.