15/01/2014 às 17h51

Pressão alta é frequente durante a gravidez

Por Larissa Gomes, da Agência Saúde DFAtendimento à imprensa:(61) 3348-2547/2539 e 9862-9226

Gestante com Síndrome Hellp deve procurar hospitais públicos


Toda gestante precisa de cuidados especiais com a saúde para ter uma gravidez saudável e o pré-natal é essencial para o diagnóstico de doenças que podem até levar a óbito tanto do feto quanto da mãe. Dentre esses males está a hipertensão e uma das complicações causadas pela pressão alta é a Síndrome Hellp, que atinge cerca de 0,6% das gestantes. “É uma das maiores causa de morte materna no país”, segundo o chefe do Centro Obstétrico do Hospital Regional de Santa Maria, Alexandre Salles.

A síndrome é a evolução da pré-eclâmpsia e por isso é essencial que a gestante faça acompanhamento. Com a hipertensão controlada, a paciente dificilmente desenvolverá a pré-eclâmpsia, impedindo assim a ocorrência da síndrome.

O diagnóstico é feito por meio de exames laboratoriais. A síndrome pode aparecer em qualquer fase da gestação, inclusive, mas raramente, no pós-parto. Se a gestante com pré-eclâmpsia apresentar alterações como hemólise (fragmentação das células vermelhas do sangue na circulação), nas enzimas hepáticas e diminuição das plaquetas, provavelmente desenvolveu a síndrome.

Sintomas como dores no estômago, mal-estar, náuseas e vômito também podem indicar a manifestação da síndrome e a gestante diagnosticada deve ser internada imediatamente. O tratamento para síndrome é o parto. “O desencadeador do processo é a placenta e por isso ela precisa ser retirada imediatamente”, explicou o Chefe da Residência do HRG e professor em Obstetrícia José Paulo da Silva Netto.

“Alguns autores recomendam a administração de corticoides para acelerar a maturidade pulmonar do feto e realizar o parto entre 24-48 horas”, explicou também a obstetra e diretora do HRSM, Josélia Nunes. No caso de a síndrome aparecer após o parto, o tratamento será feito de acordo com os sintomas que aparecerem. “Se a síndrome acontecer após o nascimento da criança, o tratamento será em cima do que está alterado”, disse Netto.

A rede pública de saúde do Distrito Federal oferece tratamento para a doença em todos os centros obstétricos. “Como o tratamento principal é o parto, todos os C.Os são capazes de receber as gestantes com a síndrome”, finalizou Netto.