Profissionais da Secretaria de Saúde apresentam propostas para aprimorar vigilância em saúde pública
Profissionais da Secretaria de Saúde apresentam propostas para aprimorar vigilância em saúde pública
Trabalhos finais do curso EpiSUS Fundamental destacam a importância do uso qualificado de dados para fortalecer respostas a emergências de saúde no DF
Karinne Viana, da Agência Saúde-DF | Edição: Willian Cavalcanti
Profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) que atuam na Vigilância e Atenção à Saúde participaram, nesta quarta (23) e quinta-feiras (24), da apresentação de trabalhos finais do Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EpiSUS) Fundamental. O curso tem como objetivo aprimorar a capacidade de detecção, resposta e comunicação de problemas de saúde pública no DF. Realizado no Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen-DF), o evento marcou a conclusão da segunda turma, promovida pela SES-DF em parceria com o Ministério da Saúde (MS).
Durante os dois dias, foram apresentadas 22 propostas práticas voltadas à melhoria da qualidade e do uso de dados de doenças e agravos sob vigilância. Uma das apresentações foi conduzida pela servidora da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Fabiana Macedo, que avaliou a qualidade do banco de dados de gestantes com HIV entre 2022 e 2023. “Nosso objetivo foi identificar as notificações corretas e fazer um compilado de dados para elaborarmos uma política de prevenção, porque a nossa intenção é diminuir a transmissão vertical ou até eliminar o HIV”, explicou.

Já o trabalho da enfermeira Renata Michele Oliveira, do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunização da Região de Saúde Oeste, que engloba Ceilândia, Brazlândia e Sol Nascente / Pôr do Sol, propôs a capacitação dos profissionais para o correto preenchimento das fichas de notificação de sífilis congênita. “Capacitações dos profissionais notificadores são importantes para sensibilização quanto ao preenchimento de todos os campos”, sugeriu.
O próximo passo será compartilhar as recomendações nas unidades de saúde onde o estudo foi aplicado. “Os profissionais têm a responsabilidade de levar as recomendações para a melhoria dos serviços. Isso fortalece a rede e esperamos que eles se tornem multiplicadores desses conhecimentos”, ressaltou a instrutora do EpiSUS Fundamental do MS, Maria Izabel Lopes.
“Quando capacitamos a rede, ela passa a revisar constantemente seus bancos de dados, permitindo uma visão clara do que acontece no território e facilitando a definição de prioridades e ações para a população”, concluiu a instrutora.
O programa
Com carga horária de 200 horas, o Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EpiSUS) Fundamental ocorreu entre agosto e outubro deste ano e tem como objetivo desenvolver competências em epidemiologia e vigilância em saúde, assim como aprimorar as habilidades do profissional da área na coleta, análise e uso de dados em situação de surtos, epidemias, desastres e outras ameaças à saúde pública local.
A coordenadora do EpiSUS Fundamental do MS, Tanna Morales, destacou o impacto do programa na melhoria dos serviços de saúde. “A relevância do EpiSUS está justamente na melhoria do trabalho que os servidores realizam no dia a dia. Espero que levem adiante o que foi discutido e aprendido”, afirmou.