Programa de Hipertensão em Santa Maria
Programa de Hipertensão em Santa Maria
O programa de Hipertensão implantado na Santa Maria, que atende pacientes da regional e do Entorno, tem contribuído de forma efetiva para mudar os hábitos de vida de pessoas que apresentam elevados níveis de pressão sanguínea. A doença que pode se manifestar em crianças, adultos e idosos, de ambos os sexos, geralmente aparece em fases avançadas. Por isso é importante ficar atento a sintomas como dores na cabeça, no peito e sensação de tonturas. O quadro se manifesta devido ao estreitamento das arterias, o que faz com que a circulação do sangue seja dificultada.
Por apresentarem maior propensão para comprometimentos vasculares, cerebrais e cardíacos, os hipertensos precisam identificar a situação o quanto antes, para que se inicie um tratamento de controle da pressão. Em Santa Maria o suporte das unidades de saúde tem feito a diferença na vida dos pacientes. Segundo a Enfermeira Coordenadora do PSF nº 02, Creuza da Silva, o serviço atende qualquer tipo de paciente, desde que se constate as alterações na pressão.
“O esforço é para controlarmos a pressão arterial por meio de medicamentos, exercício e mudanças na alimentação”, explica. Segundo ela, uma vez identificada a necessidade de acompanhamento do paciente, ele é encaminhado para consultas médicas, palestras relacionadas à uma alimentação saudável, além de grupos para a prática de exercícios físicos. “Também fazemos exames periódicos com cada um dos pacientes que estão no Programa de Hipertensão. A partir deste acompanhamento, ao detectarmos qualquer alteração importante, o paciente é encaminhado imediatamente para o cardiologista”, revela a enfermeira.
A atividade física também faz parte do eixo de ações do Programa. E diante da necessidade de estimular os pacientes às praticas de condicionamento físico, foi criado o grupo Conviver, que se reúne as segundas, quartas e sextas-feiras, às 8h, para caminhadas, sessões de alongamento e ginástica. “Utilizamos a área externa do PSF e também a quadra de esportes que há aqui perto”, diz o agente comunitário de saúde, Andreison Siqueira, responsável pelo grupo Conviver, que conta com cerca de 130 membros cadastrados. “Além dos exercícios, uma vez por mês, nós fazemos a medição do índice de massa corporal, pois o peso tem influência direta no tratamento do hipertenso”.
Andreison conta que os resultados positivos como a perda de peso, aumento da autoestima e estabilização da pressão são nítidos naqueles participantes que encaram a situação com seriedade. “Temos uma paciente que é um exemplo. Ela tem 92 anos de idade e sempre está presente e disposta, cuidando da sua saúde”, conta orgulhoso.
A atitude do paciente diante da doença também é ressaltada por Creuza. “A melhora depende, em primeiro lugar, do próprio paciente. Quando ele quer, acaba chegando ao controle necessário. Infelizmente, alguns demoram a perceber que precisam fazer mudanças na rotina e continuam abusando do sal, comendo coisas muito gordurosas e ingerindo bebidas alcoólicas, por exemplo”.
A dependência química também é um foco do tratamento. Por isso, aqueles pacientes usuários do fumo, álcool e outras drogas são encaminhados para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Santa Maria, onde são acolhidos e recebem auxilio.
Bruno Estrela