Projeto Gestão de Políticas de Saúde é iniciado no DF
07/05/2019 às 12h49
Projeto Gestão de Políticas de Saúde é iniciado no DF
Aula inaugural foi realizada nesta terça-feira; iniciativa prevê curso de especialização para profissionais e melhorias no SUSLeandro Cipriano, da Agência SaúdeFotos: Breno Esaki/Saúde-DF

Gestores, pesquisadores e representantes da sociedade civil que atuam na saúde de Brasília participaram, nesta terça-feira (7), da aula inaugural do projeto Gestão de Políticas de Saúde Informadas por Evidências (Espie/Proadi-SUS). O evento contou com representantes da Secretaria de Saúde do Distrito Federal e ocorreu no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), sendo que também foi realizado em outras 11 regiões do país, de forma simultânea. Os 40 selecionados de Brasília para o projeto, entre 238 inscritos, acompanharam no auditório uma videoconferência, realizada de São Paulo, por parceiros da iniciativa, entre representantes do Hospital Sírio-Libanês, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Depois de formada a mesa de abertura do evento, a integrante da coordenação do projeto Espie/Hospital Sírio-Libanês, Maria Lúcia Teixeira, explicou que o objetivo é qualificar a gestão de políticas de saúde por meio do uso sistemático e transparente do conhecimento científico decisório. Em um primeiro momento, os profissionais selecionados passarão pelo curso de especialização, que prevê um total de 14 encontros mensais na Fepecs, entre maio deste ano e abril de 2020. Depois, eles formarão grupos e terão mais oito encontros mensais para formular seus próprios projetos e melhorar as práticas do Sistema Único de Saúde (SUS). “Teremos entre 2019 e 2020 a responsabilidade não só de cuidar da formação deles, mas também da construção, elaboração, implementação e avaliação de projetos que façam o SUS ser mais efetivo, e melhore, na prática, a qualidade de vida e o atendimento das pessoas. Além da formação, será uma transformação de práticas”, comentou Teixeira. “Esperamos que no final do período estabelecido possamos colocar muitos desses projetos elaborados em ação na nossa gestão”, afirmou a secretária-adjunta de Assistência à Saúde do DF, Renata Rainha, que representou no evento o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. Para o diretor executivo da Fepecs, Marcos Ferreira, mais do que apenas um curso de especialização, o projeto oferece a oportunidade de qualificar gestores, e garantir, com isso, que atinjam melhores resultados. “O alvo do Espie é fazer com que os gestores possam estar mais bem capacitados, para atingir nossa meta principal, que é o melhor atendimento ao paciente”, destacou.
EFETIVIDADE – A consultora técnica do Ministério da Saúde e responsável pelo projeto na pasta federal, Aurelina Aguiar, explicou que projetos construídos pelos inscritos devem ser aplicáveis ao SUS, trabalhando com problemas locais, de forma a garantir uma maior efetividade dos serviços. “Esperamos que nas 12 regiões que participam sejam criados projetos que possam ser implementados, principalmente, no local onde eles estão sendo elaborados”, completou. Além de Brasília, também participam da iniciativa Aracaju, Campinas, Maceió, Niterói, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Salvador, São Luís e Uberlândia, cidades que também tiveram videoconferências. Foram abertas um total de 480 vagas, sendo 40 para cada região participante. A seleção deles utilizou critérios como carta de recomendação do gestor de saúde local, carta de intenção, formação acadêmica e se a pessoa tinha conhecimento prévio em políticas informadas por evidências. Os participantes concluintes que atenderem aos critérios satisfatórios nos itens considerados no processo de avaliação serão certificados pelo Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa como especialista em Gestão de Políticas de Saúde Informadas por Evidências. Resultado de uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês, a iniciativa faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional (Proadi), do Sistema Único de Saúde, para o triênio 2018-2020.