Rede de Saúde do DF qualifica Gestão de Custos
Rede de Saúde do DF qualifica Gestão de Custos
Representantes do hospitais da rede pública de saúde do Distrito Federal participaram nesta quinta-feira (27), no auditório do Hemocentro, de oficina para apresentação dos resultados da implantação do Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC), criado pelo Ministério da Saúde para atender a necessidade de aprimoramento da gestão de custos em saúde integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo Andréa Mendes, coordenadora do PNGC/ MS, o Ministério assinou, em conjunto com a Secretaria de Saúde do DF, um termo de cooperação técnica-operacional para implantação do Programa de Gestão de Custos em Saúde, participando do projeto piloto que após aprovação será disseminado em todo o Brasil. “A participação da Secretaria tem sido imprescindível para o sucesso desse projeto. Estamos otimistas com os resultados”, relata Andréa.
Segundo a coordenadora do PNGC, o programa é um conjunto de ações que visam promover a gestão de custos no âmbito do SUS por meio da geração, difusão e aperfeiçoamento de informações relevantes a custos e assim. “O objetivo é que todos adotem de forma efetiva a ferramenta gerencial de gestão de custos em todas as unidades de saúde do Brasil para promover melhor uso dos recursos públicos e a qualificação da gestão em saúde”, explica.
Com o funcionamento do programa em toda a rede espera-se que haja maior controle, possibilitando, por exemplo, comparar unidades com o mesmo perfil e medir os custos de um paciente no SUS. “A transparência e a precisão das informações serão a ferramenta de decisão fundamental para a tomada de decisão dos gestores”, relata a supervisora da implantação da Gestão de custos do DF, Inez Cristina Ortega Cardoso.
O programa contará ainda com uma ferramenta desenvolvida especificamente para ajudar na apuração dos custos, o software chamado APURASUS, que será lançado até o fim deste ano e fornecerá de forma estruturada e padronizada as informações necessárias para os gestores tomarem decisões sobre como alocar os recursos. “Os coordenadores e diretores conhecerão melhor a realidade de sua regional e assim gastarão com mais qualidade”, relata Inez.
Entre as regionais que participam do projeto piloto, o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB) é o mais avançado em relação à quantidade e a qualidade das informações sobre despesas e produção. Esse quadro foi o resultado de um trabalho de quatro anos com a aplicação de políticas de sensibilização nos setores do Hospital para que houvesse uma mudança de cultura.
“A partir da sensibilização conseguimos diminuir as resistências e os setores passaram a fornecer continuamente as informações que precisávamos para um planejamento mais apurado”, afirma o chefe do Núcleo de Custos do HMIB, Bruno Henrique Souza de Andrade.
Segundo Bruno, o programa e, especificamente o software, vieram para aprimorar o monitoramento dos gastos do hospital de forma a impor uma gestão mais efetiva. “É uma ferramenta inovadora para a área porque antes contávamos apenas com tabelas de Excel para fazer as apurações e o controle”, explica ele.
A coordenadora geral de saúde da Asa Sul, Roselle Bugarin Stenhouwer, destaca a importância do programa no intuito de atender as demandas sociais. “Em um momento histórico em que o povo brasileiro vai para as ruas pedir mais transparência e qualidade na saúde, estamos criando com a gestão de custos uma administração pública mais eficaz”, conclui Roselle.
Ana Luiza Greca