26/12/2018 às 13h46

Rede pública de saúde do DF está mais integrada

Moradores do Paranoá Parque são cadastrados por agentes comunitários de saúde.UBS 3 tem 6 equipes de Estratégia Saúde da Família, 3 de saúde bucal e 1 do Nasf.

unidade que atende moradores do Paranoá Parque, a cerca de três quilômetros do empreendimento. O espaço — entregue em julho depois de ser reformado — foi cedido pela Administração Regional do Paranoá.   O atendimento funcionará no local até que um novo fique pronto, na área dos apartamentos. “Assim poderemos realocar as equipes de outra unidade de saúde do Paranoá”, explica a diretora de Atenção Primária da Região Leste, Kátia Poças.   CADASTRO -  “Recebemos muitos elogios dos pacientes quanto ao serviço prestado”, conta o gerente de Serviços de Atenção Primária em Saúde responsável pela UBS 3, Berardo Augusto Nunan, ao avaliar que a unidade é recente, e os fluxos ainda são organizados.   Os moradores do Paranoá Parque são cadastradospor agentes comunitários de saúde, e cada parcela da população terá uma equipe de referência. Isso significa dizer que cada família terá acesso a profissionais que cuidarão de todo histórico de saúde permanentemente.   Até agora, cerca de 50% do território passou pelo processo.   PRIORIDADE - O governo priorizou fortalecer a cobertura da Estratégia Saúde da Família em regiões de maior vulnerabilidade social, econômica e de saúde.   Locais como Estrutural, Fercal, Itapoã e Riacho Fundo II contam com 100% de cobertura. Porcentagem semelhante à do Gama (91,3%), Samambaia (90,4%) e São Sebastião (97,1%). O modelo hoje funciona em todas as regiões administrativas do DF.   FORTALECIMENTO - Depois de iniciar a reestruturação da atenção primária, o Executivo local começou a organizar a atenção secundária, que serve como complemento aos serviços ofertados nas unidades básicas de saúde.   Decreto nº 38.982, de abril de 2018, instituiu a nova estrutura, e, hoje,23 unidades compõem a atenção secundária, entre policlínicas, hospitais e outros espaços.   Esses serviços são conhecidos como de média complexidade, especializados em nível ambulatorial e hospitalar, com acesso à tecnologia mais avançada que nas UBS.   Para ser atendido nesses equipamentos, no entanto, é preciso que o encaminhamento seja feito pela unidade básica de referência do paciente. A consulta, então, será agendada.   Na atenção primária, são resolvidos 85% dos casos que chegam à rede, segundo a Secretaria de Saúde. Os outros 15% podem ser atendidos em um nível secundário ou terciário, que é destinado aos atendimentos de alta complexidade.   MELHORIAS - Ainda para estruturar melhor a rede, outras duas medidas foram tomadas: a implementação do Instituto Hospital de Base (IHB) e a entrega do segundo bloco do Hospital da Criança de Brasília José Alencar. Ambas unidades centralizam a assistência terciária no DF.   A criação do instituto — por lei sancionada em 3 de julho de 2017, depois de aprovada pela Câmara Legislativa em 20 de junho — permitiu a reabertura de 107 leitos de enfermagem e 10 de UTI, a queda no prazo de aquisição de remédios de oito meses para 45 dias e a desburocratização de compras e contratações.   Os recursos para manter a unidade permanecem públicos, e o atendimento todo via Sistema Único de Saúde. Ainda foi possível modernizar o controle de estoques, organizar a fila de marcação de consultas e concluir a reforma do quarto terapêutico.   As melhorias também incluem a retomada das obras do bloco administrativo e a instalação de bebedouros no ambulatório e no pronto-socorro. O hospital, com mais de 30 especialidades, oferece atendimento de urgência e emergência, traumas e cuidados intensivos e paliativos, além de reabilitação.   Quanto ao segundo bloco do Hospital da Criança, as instalações físicas foram entregues em 4 de julho e os dez primeiros leitos começaram a ser ocupados em outubro.   A estrutura tem 22.068 metros quadrados, 202 leitos, cinco salas de cirurgia de médio e grande porte, laboratório especializado, anatomia patológica, centro de ensino e pesquisa, farmácia, vestiário e central para esterilização de materiais.   Com o novo prédio, poderá fazer 8,5 mil consultas médicas, 250 cirurgias de médio e grande porte, 850 diárias e UTI e 500 internações por mês.   Mariana Damaceno, da Agência Brasília Fotos: Renato Araújo/Agência Brasília