19/11/2019 às 09h10

Região Norte abre salas de acolhimento em unidades básicas de saúde

Comunidade atendida por UBS em Planaltina e Sobradinho é beneficiada

  O esforço para melhorar o atendimento na Atenção Primária continua no Distrito Federal. Agora, salas de acolhimento estão abertas em nove unidades básicas de saúde (UBS) da Região de Saúde Norte, que abrange Planaltina e Sobradinho. Enfermeiras e técnicas de Enfermagem atendem nos locais às demandas espontâneas e emergenciais da população, das 7h às 18h.   O objetivo é organizar o fluxo de pacientes e garantir a escuta qualificada, o acolhimento humanizado, um melhor acesso aos serviços de saúde e mais resolutividade (capacidade de resolver ou finalizar um processo, simplificando e agilizando procedimentos).   Na UBS 2 de Planaltina, por exemplo, a medida está em funcionamento. Uma enfermeira e uma técnica de Enfermagem recebem, juntas, os pacientes na sala. Elas atendem uma média de 12 pessoas por período.   “Alguns pacientes nos procuram mais para ter informações e agendar consultas. Tentamos resolver logo, por aqui, As queixas mais agudas, recomendando exames e medindo a pressão, para melhorar o atendimento das demandas. Isso tem ajudado no fluxo dos serviços e ficou mais ágil para os pacientes”, explica a enfermeira Vanielle da Cruz, responsável pelo acolhimento.   É o caso de Leide Maria de Jesus, 37 anos, que procurou pelos serviços da unidade. Além de aferir a pressão arterial, buscava informações sobre um problema na tireoide, apresentando o resultado dos seus exames na sala de acolhimento. “Achei o atendimento ótimo. Gostei do espaço da sala e não esperei muito para ser atendida”, comentou.   O gerente da UBS 2 de Planaltina, Daniel Burieque, explicou que a Sala de Acolhimento foi organizada para ficar logo na entrada da unidade, facilitando o acesso. “O propósito é acolher as demandas espontâneas, fazendo a classificação de risco para saber a prioridade clínica do paciente. Se tiver uma necessidade imediata, a pessoa é direcionada para uma avaliação médica”, informou.   Também há uma escala de agentes comunitários de saúde (ACS), na entrada da UBS, para auxiliar os pacientes na identificação do local e levá-los até a sala, em caso de necessidade. “Com esses profissionais, os usuários são direcionados diretamente à equipe de acolhimento. Isso também fortalece o vínculo deles com os pacientes”, comentou o gerente.   LISTA – Compõem a lista de unidades com Sala de Acolhimento em Planaltina as UBS 2, 4, 5 e 20. Em Sobradinho I, tem as UBS 1, 2 e 3. Já em Sobradinho II, são as UBS 1 e 2.   “Todas já estão com as salas de acolhimento funcionando e elaborando seus processos de Trabalho por Período Determinado (TPD) para garantir recursos humanos nos atendimentos”, explicou a diretora de Atenção Primária da Região de Saúde Norte, Renata Marcês.   SOL NASCENTE – O projeto-piloto da Secretaria de Saúde para melhorar o fluxo de atendimentos na Atenção Primária começou a funcionar em 18 de junho deste ano, na UBS 16 do Sol Nascente. Na época, em pouco mais de um mês, foram atendidos, na sala, 840 pacientes.   Com o primeiro atendimento oferecido por enfermeiros e técnicos de Enfermagem na Sala de Acolhimento, foi possível desafogar a porta de entrada da UBS e reduzir as demandas que vão para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia. Os profissionais conseguiram resolver 85% dos casos na própria sala, a maioria reclamando de dores de cabeça e febres.   Leandro Cipriano, da Agência Saúde Fotos: Breno Esaki/Saúde-DF