Saúde debate diagnóstico e monitoramento de Infecções Sexualmente Transmissíveis
Saúde debate diagnóstico e monitoramento de Infecções Sexualmente Transmissíveis
Capacitação teórica e prática qualifica 40 servidores para atuar como facilitadores de testagem rápida no DF
Ingrid Soares, da Agência Saúde-DF | Edição: Fabyanne Nabofarzan
Profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) participaram, nesta quinta-feira (13), de uma oficina sobre diagnóstico e monitoramento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatites virais, sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
O evento foi promovido pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), em parceria com o Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e IST (Dathi) do Ministério da Saúde (MS), e reuniu mais de 200 profissionais de diferentes áreas da rede pública. Durante a semana, a Escola de Saúde Pública do DF (ESP-DF) também sediou uma capacitação teórica e prática para 40 servidores, que atuarão como facilitadores de testagem rápida no Distrito Federal.

Pioneirismo no DF
Em janeiro, o DF se tornou pioneiro ao instituir, por meio da Portaria Nº 35/2024, a função de facilitadores de testagem rápida para IST. Esses profissionais, após treinamento teórico e prático, serão responsáveis por expandir a oferta de exames de HIV e outras infecções, garantindo segurança e qualidade no diagnóstico.
O enfermeiro Erick Gusmão, da UBS 11 de Samambaia, um dos facilitadores formados no curso, destacou a importância da iniciativa. “Já estamos planejando os próximos passos para capacitar mais equipes. Com mais profissionais treinados, quem ganha é a população”, afirmou.
Testagem rápida
Em 2024, a SES-DF realizou quase 85 mil testes rápidos para sífilis e 84,3 mil para HIV. Além disso, foram feitos cerca de 64 mil testes para hepatite B e 70 mil para hepatite C.

A gerente da Gevist, Beatriz Luz, enfatizou a importância da testagem rápida para diagnóstico ágil e intervenções precoces, reduzindo a transmissão e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
“Para garantir a eficácia desse processo, a capacitação dos profissionais é essencial. O treinamento prático assegura que os testes sigam todas as etapas corretamente: pré-analítica, analítica e pós-analítica”, explicou.
Já a referência técnica distrital (RTD) da Rede de Testagem Rápida da SES-DF, Daniela Magalhães, uma das facilitadoras da oficina, reforçou o compromisso com as boas práticas, como treinamento contínuo, monitoramento de qualidade e rastreabilidade de indicadores.
“A SES-DF possui um compromisso com as boas práticas em testagem rápida. O facilitador tem esse papel de oportunizar capacitações regionalizadas, que qualifiquem o método nas localidades”, disse.
O líder da equipe de Diagnóstico do Dathi/MS, Alisson Bigolin, destacou que a capacitação busca formar multiplicadores nos territórios, ampliando a disseminação das diretrizes nacionais para diagnóstico e monitoramento laboratorial das IST.

“Temos manuais e notas técnicas, mas precisamos que essas informações cheguem aos serviços de saúde. Os facilitadores terão um papel fundamental para difundir esse conhecimento na rede”, concluiu.