Samu celebra 18 anos de dedicação à vida da população do DF
Samu celebra 18 anos de dedicação à vida da população do DF
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência se destaca na assistência emergencial, inovação e cuidado com a comunidade
Karinne Viana, da Agência Saúde-DF | Edição: Natália Moura
O mês de agosto é especial para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Na quinta-feira (24), a corporação completou 18 anos de existência. Desde 2005, os serviços pré-hospitalares fazem a diferença na assistência emergencial do Distrito Federal, proporcionando esperança e salvação nos momentos mais críticos.
A importância vital do Samu transcende suas unidades móveis e equipe multidisciplinar. "Nessas quase duas décadas, construímos um legado de respeito, responsabilidade e ação heroica em situações bem difíceis”, diz o diretor do serviço, Victor Arimatea. “A corporação continuará a ser um farol de cuidados à medida que avança para o futuro, mantendo seu compromisso inabalável com a vida e o bem-estar da comunidade", complementa.

De acordo com dados do Samu, em 2022 foram aproximadamente 770 mil ligações acolhidas por meio do 192. O número inclui também trotes, enganos e duplicidade. Desse total, 280 mil são convertidos em atendimentos pelo médico regulador, aproximadamente 60 mil em intervenções primárias e 3.840 em transportes inter-hospitalares. O quadro representa uma média de 174 missões especializadas diárias cumpridas em caráter ininterrupto.
Com nove anos de experiência no serviço móvel, o condutor de ambulância Rodrigo Nunes descreve o dinamismo da atividade: "Cada plantão é único, e ter a capacidade de auxiliar alguém é uma sensação gratificante. Além disso, a interação com a comunidade e os colegas de trabalho é algo muito positivo", relata.

Segurança
No mês de junho deste ano, o Samu recebeu um reforço importante com mais de 2,6 mil novos equipamentos de proteção individual (EPIs) que garantem a segurança dos profissionais durante as operações. Entre os itens fornecidos estão conjuntos térmicos (capas de chuva), coturnos, joelheiras, japonas (casacos de tecido grosso), macacões e luvas antichamas, além de conjuntos de inflajack (casacos de tecido grosso), proporcionando um ambiente mais seguro para a equipe enquanto realizam suas missões de salvamento.
“Cada um desses recursos desempenha um papel vital no momento de salvar alguém. Zelar pela saúde e bem-estar dos nossos profissionais é um requisito indispensável para também assegurar o atendimento cuidadoso à população", esclarece a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
Inovação e educação
Atualmente, diversas iniciativas são conduzidas pela corporação: aplicativo móvel para o gerenciamento e acionamento dos recursos móveis do Samu e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF); aplicativo móvel para acesso da população; monitoramento em tempo real da situação das portas hospitalares da Secretaria de Saúde (SES-DF); sistema para a regulação de elegibilidade de pacientes do Atendimento Pré-Hospitalar (APH) para viabilizar o destino imediato às portas da rede complementar. "O objetivo é qualificar o trabalho do Samu e implementar soluções tecnológicas", ressalta Arimatea.
Outro marco da instituição é o projeto Samuzinho, idealizado pelo serviço móvel em 2007. O objetivo é conscientizar estudantes de escolas públicas e privadas sobre a relevância da assistência emergencial, utilizando métodos lúdicos e interativos. O movimento auxilia ainda a reduzir a ocorrência de trotes a instruir os alunos sobre as ações necessárias para socorrer alguém em risco até a chegada da ambulância.

Uma rede de cuidados e preparo
O Samu conta com uma robusta estrutura de atendimento. São 49 equipes móveis de intervenção, incluindo Unidades de Suporte Básico (USB), motolâncias, Unidades de Suporte Avançado (USA) e até mesmo uma Unidade de Suporte Avançado Aeromédico (helicóptero), capaz de oferecer atendimento em situações críticas.
Com mais de 800 servidores, o Samu abrange uma equipe multiprofissional que inclui médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, condutores socorristas, analistas de gestão e assistência pública em saúde, além de administradores.