Saúde amplia acesso de beneficiários do Bolsa Família
Saúde amplia acesso de beneficiários do Bolsa Família
Cobertura aos cadastrados no programa social aumentou de 37% para 46,04
BRASÍLIA (9/10/17) – O atendimento aos beneficiários do Programa Bolsa Família na rede pública de saúde do Distrito Federal apresentou aumento de 37,02% no primeiro semestre de 2017. A cobertura, entre julho e dezembro de 2016, foi de 33,9% e, entre janeiro e junho deste ano, passou para 46,04%.
"Esse aumento se deve a duas questões importantes. A primeira delas foram as falas de sensibilização durante as capacitações das nova equipes de saúde da família, para que elas entendessem o compromisso da saúde e o direito que essas famílias têm. A segunda é que as equipes ampliaram o cadastramento e inseriram famílias ainda não cadastradas", enumera a técnica da Coordenação Estadual na Saúde do Programa Bolsa Família, Aline Couto César.
Ela ressalta que o trabalho de rua das equipes facilitou o acesso às famílias que antes não buscavam o centro de saúde. "Como a população atendida pelo Bolsa Família é de baixa renda, muitos tinham vergonha de ir até o centro de saúde ou não tinham mesmo condições para esse acesso. Então, a visita das equipes quebra barreiras e as famílias se sentem mais acolhidas", destaca.
Que o diga Maria das Graças Souza, moradora da Vila Dnocs, em Sobradinho. "Já fui atendida em centro de saúde e agora pela equipe de saúde da família e vejo a diferença. Eles sempre estão na minha casa, me orientam sobre o bolsa família. E quando alguém em casa está doente, a gente corre para cá, nada de ir para hospital", conta.
Na casa dela, o pai, três filhos e dois netos são atendidos pela equipe formada por quatro agentes comunitários, dois técnicos de enfermagem, um enfermeiro, um médico, um dentista e um técnico em higiene bucal. A ESF a que Maria das Graças está vinculada atende a 166 famílias cadastradas no Bolsa Família, moradoras da Vila Dnocs, e do setores de Expansão Econômica e de Chácaras de Sobradinho.
ATENDIMENTO - O Bolsa Família é um programa federal de transferência de renda a famílias pobres e extremamente pobres. Entre as condicionalidades estão o acompanhamento em saúde, educação e assistência social.
Na rede pública de saúde do DF, atualmente, 62 mil famílias cadastradas no Bolsa Família são atendidas. "Esse público é cadastrado no Centro de Referência em Assistência Social. A Saúde é responsável por acompanhar crianças de 0 a 7 anos de idade e mulheres entre 14 e 44 anos", descreve Aline Couto.
Pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde revelam contribuições importantes do programa de transferência de renda nas condições de saúde e nutrição dos integrantes do programa, sobretudo, entre as crianças. Exemplo disso é a redução da mortalidade infantil em crianças menores de 5 anos, especialmente das mortes decorrentes de doenças relacionadas à pobreza, bem como a redução na desnutrição crônica e a proteção ao excesso de peso entre as crianças.
PANORAMA – A Região de Saúde Oeste, que engloba Ceilândia e Brazlândia, foi a que mais apresentou maior crescimento de cobertura do Bolsa Família. No segundo semestre do ano passado, 1.109 famílias estavam cadastradas. Já entre janeiro e julho de 2017, o número subiu para 2.062.
O gerente de Áreas Programáticas da Região de Saúde Oeste, Paulo Ricardo dos Ramos, elenca algumas ações que justificam o aumento: "fizemos parcerias com escolas para que os alunos levassem bilhetes para suas casas solicitando que comparecessem na UBS para proceder a atualização dos dados; temos promovido inserções do Bolsa Família nas campanhas de vacinação e incentivado a busca ativa das família pelas equipes ESF", diz.
Ele conta, ainda, que a região tem feito parceria com lideranças comunitárias, incentivando a mobilização da comunidade. "Montamos um grupo no whatsapp com representante de todas as unidades para monitoramento dos índices, troca de informações e discussões de propostas de ações", finaliza.
FUNCIONAMENTO - A agenda de saúde do Programa Bolsa Família no SUS compreende a oferta de serviços para a realização do pré-natal pelas gestantes, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil e imunização. Assim, as famílias beneficiárias com mulheres entre 14 e 44 anos e crianças menores de sete anos de idade deverão ser assistidas por uma equipe de saúde da família, por agentes comunitários de saúde ou por unidades básicas de saúde, que proverão os serviços necessários ao cumprimento das ações de responsabilidade da família.
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