Saúde economiza 39% na compra de medicamentos
Saúde economiza 39% na compra de medicamentos
Sistema eficiente garante abastecimento da rede
A Secretaria de Saúde economizou 39% na compra de medicamentos em 2012. Foram gastos R$ 211,8 milhões para o abastecimento de toda a rede pública de saúde, valor quase 40% abaixo do proposto pelos fornecedores. O resultado foi possível, segundo o subsecretario de Administração Geral (Suag), José Moraes Falcão, devido a uma série de ações que tornaram mais eficiente o sistema de aquisição de produtos médicos hospitalares.
Entre as medidas tomadas destacam-se o reforço das equipes da Central de Compras da SES com a definição, por exemplo, de dois pregoeiros para trabalhar exclusivamente com aquisição de medicamentos. Também houve aumento no número de pesquisa de preço e a criação de um sistema informatizado específico para controle dos estoques. Antes das mudanças implementadas, a Central de Compras licitava 60 itens por mês, número que foi ampliado para 360 licitações mensais.
A lista de medicamentos padronizados da SES tem dos 830 itens. No esforço para acabar com o desabastecimento na rede – alcançado em agosto do ano passado – houve também a redução no prazo de finalização das compras. “O processo, que antes demorava entre três e quatro meses, hoje é feito em no máximo 30 dias”, salienta. “Pela primeira vez, nos últimos 12 anos, todo o estoque de medicamentos está abastecido”, ratifica José Falcão.
Outra novidade foi a criação do Grupo Executivo de Monitoramento de Abastecimento (Gemab), em janeiro último, que reúne representantes da Suag, da Subsecretaria de Planejamento, Regulação, Avaliação e Controle (Suprac), Subsecretaria de Atenção à Saúde e Assessoria Jurídica. Esses técnicos analisam os pedidos de compras e estabelecem quais são os itens prioritários a serem adquiridos.
Também está em fase de elaboração o Planejamento Global das Aquisições para o exercício (2013) e de 2014 e o Plano Anual de Compras da Saúde, que será entregue no final deste mês ao secretario de Saúde. ”Antes não havia um planejamento, mas com esse estudo vamos saber exatamente o que é preciso comprar e quais são os medicamentos prioritários”, ressalta o subsecretário.
A Suag disponibiliza, ainda, um serviço de assessoramento aos servidores da rede que elaboram o termo de referência, primeiro passo para instalação do processo de compra. Essa ajuda, de acordo com Falcão, evita o eterno vai e vem que atrasava o andamento do processo.
Para identificar as falhas ao longo do processo de compras, o subsecretario vem promovendo reuniões semanais com diretores e técnicos envolvidas na atividade. Nesses encontros são levantados os problemas, colhidas sugestões e criticas para o aprimoramento do sistema.
Celi Gomes