23/05/2019 às 10h27

Saúde pública é tema de debate na Grande Loja Maçônica do DF

Secretário Osnei Okumoto destacou as prioridades da pastaAedes aegypti Leandro Cipriano, da Agência Saúde Fotos: Mariana Raphael/Saúde-DF

  A saúde pública do Distrito Federal foi tema de debate, na noite desta quarta-feira (22), na Grande Loja Maçônica do DF, em parceria com a Loja Maçônica Flor de Lótus. O evento contou com a presença do secretário de Saúde, Osnei Okumoto, agraciado com uma placa de agradecimento por sua participação e contribuição ao assunto.   No seu discurso, Okumoto lembrou que ao assumir a gestão da pasta, fez um diagnóstico dos principais problemas. Entre eles, a falta de informatização na rede, o desabastecimento de insumos, a necessidade de uma comunicação mais efetiva entre os setores da pasta, e um modelo defasado de gestão, que faz, por exemplo, uma compra de emergência levar seis meses para ser finalizada. Mas o ponto inicial foi ficar em dia com as contas da Secretaria de Saúde.   “Sobre despesas anteriores, feitas por governos passados, no período de cinco meses pagamos R$ 1 bilhão”, afirmou o secretário. “Trabalhamos com os recursos disponíveis para custeio e investimento, buscando, cada vez mais, equalizar todo o sistema para dispor aos pacientes do DF toda a eficiência no tratamento”, ressaltou.   Entre as prioridades, ele destacou a importância de se contratar mais servidores públicos para a Saúde, em especial farmacêuticos, enfermeiros, pediatras e anestesistas. “Buscamos, de uma maneira mais criativa, compor toda a rede, chamando os concursados”, disse o secretário. Um exemplo são os  81 nomeados na semana passada, aprovados no concurso público de 2018.   Outra prioridade destacada por Okumoto foi a necessidade de manutenção da infraestrutura das unidades públicas de saúde. “Temos hospitais e demais equipamentos sem manutenção há anos. Pegamos 20 anos de retrocessos e más decisões e, agora, precisamos preparar o terreno para termos melhores condições”, ponderou.   TEMAS – O debate foi dividido em quatro blocos, em que se discutiu os seguintes temas: o modelo assistencial com hierarquização das redes de atendimento; a humanização do atendimento; a judicialização da saúde; e a terceirização da saúde.   Apesar de a terceirização ser uma opção escolhida em outros estados, para tornar os serviços de saúde mais rápidos, tem sido criticada por não trazer os resultados esperados, além de ser acusada de falta de transparência. Okumoto citou como solução e alternativa o modelo do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF).   “Temos um modelo diferenciado no DF. O instituto tem um conselho de administração em que o secretário de Saúde é o presidente, o que o torna o mais transparente possível. Além da facilidade em contratar pessoas, pela CLT, e das aquisições por um sistema mais simplificado, fazendo o abastecimento de medicamentos e insumos ser mais rápido, feito em até três semanas”, informou.   PERGUNTAS E RESPOSTAS – No final dos blocos, algumas perguntas do público foram selecionadas para os debatedores responderem. As questões direcionadas ao secretário envolveram temas como o combate a dengue no Distrito Federal, a contratação de mais profissionais de saúde e o atendimento a pacientes do Entorno.   Sobre a dengue, além de contar com a ajuda e suporte da população, Corpo de Bombeiros e Exército, a Secretaria de Saúde tem mobilizado suas equipes para detectar os pontos com mais focos do ,utilizando larvicidas, bombas costais com inseticidas e o fumacê (UBV) para eliminar o mosquito.   Já a contratação de mais pessoas será realizada com o suporte do Iges-DF, que lançou um processo seletivo para o preenchimento de mais de 2,4 mil vagas. Os selecionados serão convocados para atuar, a partir de junho, no Hospital de Base, e, até julho, no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), todas sob a gerência do instituto.   Por fim, o secretário de Saúde informou que uma reunião será realizada na semana que vêm com prefeitos dos municípios do Entorno, para debater sobre a saúde pública da região. “Tudo para discutir formas de disponibilizar recursos e ampliar o nível de atendimento de forma organizada”, concluiu Okumoto.