Secretaria de Saúde do Distrito Federal

A Secretaria de Saúde (SES-DF) apresentou, nesta quarta-feira (17), os dados sobre a epidemia de dengue na capital federal e as ações desenvolvidas pelo governo para enfrentamento e prevenção da doença. Em reunião no Conselho Regional de Medicina (CRM) do DF, o secretário-adjunto de Assistência à Saúde (SAA), Luciano Agrizzi, destacou a entrega de cinco das 11 novas tendas de acolhimento aos pacientes com dengue. As unidades de apoio receberam 2.680 pacientes desde a última quinta (11), quando as unidades de saúde começaram a funcionar.

A entrega das tendas foi um dos pontos cobrados nas últimas reuniões do CRM e, segundo o secretário-adjunto, será sanado nos próximos dias com a entrega das demais unidades, totalizando 20 espaços pelo DF. A última aberta foi a de Ceilândia nesta semana (16). "As tendas demonstraram que ainda temos demanda de dengue, além da sazonalidade das doenças respiratórias que estamos enfrentando. Temos trabalhado dia e noite para conduzir os atendimentos à população. Todas as estratégias estão sendo feitas diariamente", pontuou Agrizzi.

Outro ponto destacado nas últimas reuniões foi a ampliação do quadro de profissionais. No começo do mês, 461 médicos chegaram para reforçar a rede de saúde do DF. Do total, 240 profissionais fazem parte do cadastro de reserva do último edital da carreira médica, 21 foram convocados para substituir candidatos que não se apresentaram em chamamento anterior e 200 vieram de contratos temporários.

Enfrentamento e prevenção

Especialistas na prevenção e combate à dengue também se reuniram nesta quarta (17) para apresentar o cenário epidemiológico da doença. Durante o Colóquio Avanços e Perspectivas no Enfrentamento à Dengue, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, expôs os números mais recentes dos casos na capital. O evento foi realizado na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Brasília, com a participação de especialistas do mundo todo.

De acordo com os dados apresentados pela gestora, o DF registra cerca de 234 mil casos de dengue e investiga outros 220 mil prováveis. O número de óbitos chega a 270 e 48 ainda estão sob análise. "Observamos um comportamento atípico no Sul. Sudeste e também no DF, onde não tínhamos o registro do sorotipo 2. Tivemos há dez anos. Então, esse vírus encontrou uma população suscetível, associado ainda a um estilo de vida às intempéries”, explicou a secretária.

Desde o começo da onda de dengue na capital, a SES-DF tem orquestrado uma força-tarefa para controlar a disseminação do vírus, desde ações de conscientização, com visitas às residências e informações sobre a prevenção e descarte legal, até práticas de extermínio do vírus como carros de fumacê em regiões endêmicas.

No encontro, a secretária lembrou ainda das estruturas de hospital de campanha, que estão no DF há 60 dias para acolhimento e atendimento da população; das tendas de hidratação montadas nas regiões de maior incidência; além das campanhas de vacinação que foram intensificadas.