Secretaria de Saúde dá posse a 966 novos agentes e lança campanha de enfrentamento do mosquito da dengue
03/12/2021 às 14h19
Secretaria de Saúde dá posse a 966 novos agentes e lança campanha de enfrentamento do mosquito da dengue
Novos agentes já iniciaram visitas às residências no DF. Equipes de Saúde da Família também receberam reforço
HUMBERTO LEITE | EDIÇÃO: MARISTELLA DE LUCA| DA AGÊNCIA SAÚDE-DF | REVISÃO: JULIANA SAMPAIO

Marizete e Carlos Antônio foram empossados nesta sexta-feira. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF
A população do Distrito Federal já pode perceber o aumento das visitas domiciliares de equipes da Secretaria de Saúde. Em cerimônia realizada nesta sexta-feira (3), no Auditório Pedro Calmon, tomaram posse 466 novos Agentes Comunitários de Saúde e 500 Agentes de Vigilância Ambiental. Esses profissionais passaram por treinamento e começaram as ações de visitação às residências em todas regiões administrativas do DF. Com o período chuvoso, um dos principais focos de atenção é o combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. "Nosso trabalho é muito importante por conta dos muitos focos do mosquito que estamos encontrando", disse Carlos Antônio da Silva, agente de vigilância ambiental empossado hoje. Ele lembrou que, durante o treinamento, realizado em Samambaia, viu muitas residências em que faltavam os cuidados básicos de combate ao Aedes aegypti, principalmente onde havia acúmulo de lixo. Já Marizete Soares, quem também integra a nova turma, ressaltou a necessidade de a população colaborar com os agentes. "Essa vigilância evita que as pessoas vão parar em um hospital", completou. Presente na cerimônia, o governador Ibaneis Rocha ressaltou o esforço da Secretaria de Saúde para combater a dengue. "A nossa ideia é exatamente trazer, para índices de normalidade, índices internacionais, que é o que merece a população do Distrito Federal", afirmou. Em 2021, o DF já registrou 13.382 casos confirmados de dengue, uma redução de 70% em relação ao mesmo período do ano passado. O subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, atribuiu a queda do número de casos de dengue às atividades da Secretaria de Saúde, com novas metodologias, mapeamento de territórios e integração de atividades, mas alertou para a necessidade de manter os cuidados. "O conjunto dessas ações ajudou bastante na redução dos números do problema. Mas isso não quer dizer que nós estejamos livres", lembrou. Segundo ele, cada família deve se engajar para evitar a criação de focos do Aedes aegypti dentro de casa. "A solução depende de todos nós: governo e sociedade".
Reforço na Atenção Primária Além de reforçar o combate ao mosquito da dengue, a contratação dos agentes permitirá o reforço das equipes da Estratégia Saúde da Família. "Vamos adentrar mais ao território, fazer mais cadastramentos, cuidar mais das pessoas dentro das suas casas", explicou o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache. Segundo o gestor, as 605 equipes que atuam no Distrito Federal aproximam a população dos serviços de saúde, ajudam no cadastro de famílias, realizam busca ativa e auxiliam até nas campanhas de vacinação, com um trabalho de conscientização. Na prática, as equipes compostas por médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e agente comunitário são capazes de solucionar mais de 80% das demandas dos serviços de saúde pública. "Queremos não só colocar os equipamentos à disposição da sociedade, como também sensibilizar as pessoas para que utilizem inicialmente a Atenção Primária", afirmou Pafiadache. O secretário-adjunto de Assistência, Fernando Erick Damasceno, lembrou que, nos últimos três anos, o DF foi a unidade da Federação que mais credenciou equipes para atuar na Estratégia Saúde da Família. "É um trabalho de vínculo com a comunidade, é um trabalho de ingresso em territórios. Isso tem impacto no cadastro, tem impacto na dengue, tem impacto na própria situação de enfrentamento da covid", explicou.