11/05/2020 às 15h38

Servidores do Hmib são testados para coronavírus

Profissionais assintomáticos que atuam na linha de frente são prioridadeTexto: Leandro Cipriano, da Agência SaúdeFotos: Breno Esaki, da Agência Saúde

  Teve início, nesta segunda-feira (11), a testagem para detecção do coronavírus nos servidores do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) que atuam na linha de frente dos atendimentos e se expõem aos riscos da Covid-19. A direção do hospital reservou 400 testes rápidos para serem realizados nos profissionais ao longo desta semana.   “Vamos priorizar os servidores assintomáticos das áreas de maior exposição, como prontos-socorros, laboratório para coleta de exames, de transporte de pacientes suspeitos, de classificação de risco e também os residentes que circulam nesses locais”, pontuou a diretora do Hmib, Marina Araújo.   Para evitar aglomerações, os profissionais têm a opção de se cadastrarem na plataforma FormSUS e agendar o dia e período da sua testagem. Somente na manhã de hoje, 44 servidores passaram pelos testes, com todos dando negativo. À tarde, mais 45 estão agendados.   “Dividimos a coleta durante a semana em oito turnos, de manhã e à tarde, para não gerar aglomeração. As pessoas se cadastram e agendam conforme as vagas do dia e do turno. Pelo FormSUS, temos acessos as planilhas para sabermos a quantidade de casos negativos e positivos e trabalharmos os indicadores com base nas testagens”, explicou a diretora.   Diferente dos testes rápidos realizados em outros locais, os exames no Hmib são feitos com a retirada de sangue por soro, ao invés da picada no dedo. Os gestores consideram o método mais fidedigno e com índice de assertividade maior. Assim que realizado, os exames são levados ao laboratório do hospital, que entrega os resultados até duas horas depois.   APROVAÇÃO – Os profissionais de saúde que trabalham no Hospital Materno Infantil de Brasília aprovaram a ação.   Para a chefe da Unidade de Ginecologia e Obstetrícia, Andrea Araújo, a medida é importante para detectar casos da doença entre pessoas assintomáticas, que podem estar com a Covid-19 sem saber e serem portadores. “Essa ação gera bastante segura para o serviço, para os outros servidores e para a população. É fundamental termos essas respostas”, comentou.   O ginecologista obstetra Carlos Rubian também segue o mesmo raciocínio. “Já que somos a linha de frente, é uma boa forma de vermos como está a saúde dos funcionários em relação a esse novo vírus, além de acompanhar a nossa real situação”, ressaltou.   Os profissionais sintomáticos são atendidos individualmente no ambulatório do Hmib, respeitando as medidas de segurança.