24/08/2024 às 08h00

SES-DF encerra ciclo de oficinas do projeto Mosaic com melhorias para o enfrentamento às doenças respiratórias

Objetivo da iniciativa foi fortalecer e aprimorar a vigilância e os planos de ação. Ação é parceria com o Ministério da Saúde, Conass e Opas

Larissa Lustosa, da Agência Saúde-DF | Edição: Agência Saúde-DF

Nesta sexta-feira (23), ocorreu o encerramento dos quatro dias de oficina do projeto Mosaic, uma metodologia que aprimora e fortalece os planos de enfrentamento às emergências em saúde pública. Parceria da Secretaria de Saúde (SES-DF), do Ministério da Saúde (MS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e da Organização Pan-americana de Saúde (Opas), o projeto servirá como base para a elaboração do plano de contingência dos vírus respiratórios.

Durante os quatro dias, as oficinas avaliaram as ocorrências passadas no Distrito Federal, as construções realizadas e os ajustes necessários. Os participantes debateram formas de monitoramento e intervenção, assim como a construção de uma matriz de risco - ferramenta que avalia a probabilidade de um evento ocorrer e quais consequências. 

Durante os quatro dias, as oficinas avaliaram as ocorrências passadas no Distrito Federal, as construções realizadas e os ajustes necessários. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Com o término da oficina, o próximo passo é a elaboração do Plano de Contingência para Vírus Respiratórios Sazonais. A expectativa é desenvolver um plano com a avaliação de risco de forma regionalizada nas macrorregiões de saúde e considerando as estruturas, contexto, capacidades, cenários e ações de resposta para o público infantil e adulto. 

Integração

Para a chefe de gabinete da Secretaria de Saúde (SES-DF), Camila Menezes, o evento foi um marco para a integração das áreas técnicas no combate às doenças respiratórias. “A cada dia vamos alcançando a maturidade desta interação entre diferentes setores, porque o trabalho deve ser integrado. Podemos construir essa rede juntos e aprender a cada momento”, declarou.

Também presente no encerramento, o representante da Coordenação Geral de Covid-19 e outras viroses do MS, Marcelo Gomes, reiterou a importância da integração para um bom enfrentamento às emergências de saúde. “É natural que, por conta da rotina, fiquemos muito fechados em aquele universo particular, do nosso próprio setor, porém a vigilância envolve outras entidades. Precisamos aproveitar o que os outros têm de prática e conhecimento”, destacou.

Êxito

A participante da oficina e gerente de Epidemiologia de Campo (Gecamp), Priscilleyne Reis, acredita em resultados proveitosos após o projeto. “O método foi muito bem estruturado, apresentou todos os passos de como melhorar os processos para, de fato, a gente pensar em planos de contingências”. Agora, a gerente se prepara para os próximos passos: “Muito trabalho, mas de forma organizada e efetiva para melhorar as ações”.

O representante do Conass, Nereu Monsano, reconheceu o êxito do projeto no DF e as forças da SES-DF no combate às doenças: “Reparamos a vigilância robusta e entendemos que as dificuldades observadas aqui não devem ser muito diferentes das que veremos em outros estados”.

A expectativa é, para o representante da Opas, Alexander Roswell, agregar conhecimentos e experiências de outros estados em projetos futuros no DF. “Vamos trabalhar na detecção e nos processos de fortalecer a capacidade de mensurar riscos. Vamos trazer documentos, processos e abordagens de relevância”, afirmou.