Secretaria de Saúde do Distrito Federal

Na manhã desta quarta-feira (20), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Federal (Samu-DF), juntamente com outros órgãos, participou de uma simulação de acidente automobilístico com produto químico perigoso e múltiplas vítimas. O objetivo foi testar a prontidão e a capacidade de resposta de servidores públicos e de funcionários da rede complementar para lidar com situações emergenciais de alto risco.

O cenário montado no Setor de Inflamáveis (SNI) envolveu uma colisão entre um caminhão-tanque que transportava óleo diesel e um ônibus de transporte coletivo com passageiros fictícios. As equipes de resgate atuaram no socorro às vítimas e no combate ao princípio de incêndio e ao vazamento do combustível.

Na sua execução, o Samu contou com a participação de dez servidores entre enfermeiros, condutores e técnicos de enfermagem. "É um trabalho em equipe no qual podemos avaliar e melhorar a atuação dos nossos profissionais em uma situação real", aponta a enfermeira do Samu Vanessa Rocha.

A simulação reuniu cerca de 260 profissionais de empresas privadas e de órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), como Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran), Defesa Civil, Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Ambipar (empresa de gestão ambiental) e Vibra Energia (distribuidora de combustível). O evento foi realizado por meio do Plano de Auxílio Mútuo (PAM) e da Comissão Distrital do Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos (CD-P2R2).

O técnico em enfermagem do Samu Antônio Carlos Nunes participou do exercício na prestação de socorro às vítimas. "Tentamos tornar o mais real possível, agindo com muito profissionalismo. Fizemos a triagem das vítimas de acordo com a gravidade de cada uma. Os pacientes "vermelhos", por exemplo, precisaram ser transportados à ambulância", conta.

Esse é o segundo simulado promovido pela comissão em 2023. O primeiro ocorreu em junho, no qual houve a simulação de vazamento de hidrocarbonetos no Lago Paranoá, em Brasília. No teste houve a simulação de um acidente automobilístico em que um caminhão-tanque que transportava óleo diesel caiu no lago, causando vazamento e duas vítimas.

"O DF é rota de transporte de produtos perigosos e já tivemos acidentes de pequeno porte envolvendo esse tipo de artefato. A Secretaria de Saúde [SES-DF] monitora o risco à saúde da população e, em situações de emergências, entra no resgate das vítimas”, explica a representante da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) e membro da CD-P2R2, Analda Lima.

Em casos como esses, a comissão verifica se há equipamentos adequados, estratégias e treinamento para lidar com a situação; identifica quais são os hospitais referenciados; quantos profissionais estão capacitados para atender a gravidade do evento, entre outros aspectos. “A intenção do simulado é trazer esses cenários para a realidade e resolver as fragilidades encontradas", acrescenta Lima.

Integração

A Comissão Distrital do Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos (CD-P2R2) foi criada em 2017, cujo intuito é prevenir a ocorrência de acidentes com produtos químicos perigosos e tornar mais eficaz e efetivo o sistema de preparação e resposta a emergências químicas no país. Atualmente, 17 órgãos do GDF integram a comissão, entre eles a SES-DF, que atua nos acidentes por meio do Samu.

Para capacitar profissionais no desenvolvimento de protocolos de ação em cenários de emergência, o DF conta ainda com o Plano de Auxílio Mútuo (PAM), uma parceria entre órgãos e forças de segurança do GDF e empresas voluntárias do ramo de combustíveis e inflamáveis.