Terapia Comunitária Integrativa está em 29 unidades de saúde pública do DF
Terapia Comunitária Integrativa está em 29 unidades de saúde pública do DF
Pacientes se reúnem para participar da terapia. Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília.

Maria Irani Medeiros, de 54 anos, vê em compartilhar problemas com os outros o alívio para os seus próprios. Ela é uma das pacientes da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2 de Samambaia que participam toda sexta-feira dos encontros de Terapia Comunitária Integrativa (TCI). “Nós viramos amigos. Quando estou precisando, vou à casa deles conversar”, conta a dona de casa. As sessões — também chamadas de rodas — duram duas horas e ocorrem, nesse caso, no Parque Três Meninas. Disponível na rede pública de saúde do Distrito Federal desde 2011, o princípio da prática é, com base na intervenção coletiva, aproveitar as experiências da comunidade para incentivar cada paciente a criar as soluções para suas próprias dificuldades. A TCI ainda fortalece os laços sociais e os benefícios de viver em conjunto, complementa a coordenadora-técnica de Terapia Comunitária Integrativa da rede, Doralice Oliveira Gomes. “A partir do momento em que consigo ouvir a dor do outro, também penso na minha e em estratégias de como melhorar e cuidar melhor de mim”, avalia a servidora da Secretaria de Saúde. “Com isso, estabelecemos redes solidárias.” No espaço de escuta e fala, há regras claras, tais como:
- Fazer silêncio quando tiver de ouvir o outro
- Falar de si
- Usar recursos culturais, como cantos, quando possível
- Não dar conselho. Isso envolve não julgar ou criticar os demais participantes