UBS 6 de Samambaia oferece shantala, ofurô e reiki
UBS 6 de Samambaia oferece shantala, ofurô e reiki
Práticas integrativas de saúde melhoram bem-estar e qualidade de vida dos usuários
BRASÍLIA (5/3/18) – Quando a pequena Ana Cecília, de apenas dois meses, sofria com cólicas, sua mãe, Erinalda Pereira, buscou as práticas integrativas oferecidas pela Unidade Básica de Saúde (UBS) 6 de Samambaia para ajudar a filha. O espaço tem à disposição atividades que promovem bem-estar e qualidade de vida aos pacientes, como shantala, reiki e ofuroterapia (banho terapêutico em recém-nascidos).
A melhora em Ana Cecília foi o suficiente para convencer Erinalda dos resultados benéficos proporcionados por essas práticas, baseadas em conhecimentos tradicionais. Um exemplo é a shantala, massagem milenar indiana feita em bebês, que tem como principal objetivo promover o vínculo entre a criança e a pessoa que faz a massagem.
Entre as vantagens proporcionadas pela shantala estão: diminuição da cólica e de gases, aumento da qualidade do sono e da imunidade, auxílio no desenvolvimento neuromotor e cognitivo, além de ajudar na função respiratória. A prática costuma ser feita em crianças de um mês até um ano de idade.
"Minha cunhada trouxe a filha dela na UBS por causa de um problema de cólica e me contou que a shantala resolveu a situação. Então, decidi levar a Ana Cecília também, com a expectativa de melhorar. Gostei bastante e vou voltar sempre que puder", elogia Erinalda, de 37 anos, que foi orientada na unidade sobre como fazer a massagem.
A recepcionista Priscila Souza, de 32 anos, também levou sua filha Rafaela, de 45 dias, ao saber que a UBS 6 oferecia o serviço. "Apesar de ela ter pouca cólica, aprender essas técnicas sempre é bom para acalmar as crianças", comenta.
Para a técnica de enfermagem Kelma Colares, responsável pelas instruções de shantala na UBS 6, o mais importante é a mãe lembrar que a massagem deve ser um momento prazeroso para a criança. "Quando o bebê estava no útero da mãe, era massageado pelas paredes uterinas. Assim que ele sai, sente falta desse toque, e a massagem o faz lembrar dessa época. Isso traz um conforto muito grande ao recém-nascido", explica Kelma.
OFURÔ – Outra prática que acompanha a shantala na UBS 6 é a ofuroterapia, voltada a bebês de até seis meses. Nela, os pequeninos recebem, pela equipe multiprofissional, cuidados especiais que incluem banho terapêutico e massagem corporal. No processo, o recém-nascido é embrulhado em uma fralda e imerso em água morna, dentro de um recipiente.
De acordo com a gerente da UBS 6 de Samambaia, Tatiane Rodrigues, a terapia pode ser feita em crianças a partir de seis horas de vida. "No ofurô o bebê fica em um estado de relaxamento intenso, mesmo em um recipiente pequeno. Também colocamos camomila na água, para deixá-lo mais relaxado. Só pedimos que os pais venham aqui para ter o treinamento. Especialmente os que ainda não tem tanto jeito com crianças", diz Rodrigues.
REIKI – Para os demais pacientes, a UBS oferece ainda a prática do reiki, que usa a energia da imposição das mãos para promover a harmonização e o equilíbrio das funções orgânicas, psíquicas e energéticas. A técnica tem origem japonesa e a palavra significa Energia Vital Universal.
"A grande vantagem do reiki é poder oferecer ajuda e trazer conforto ao paciente sem uso de medicamentos. Em caso de insônia, por exemplo, ajuda a liberar serotonina e endorfina, que é bom para o sono. Já oferecemos aos pacientes na sala de atendimento, e os próprios médicos indicam aos que tiverem interesse", informa Kelma Colares, que também é instrutora de reiki.
A técnica oriental é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e não tem nenhum vínculo religioso.
ATENDIMENTO – A shantala e a ofuroterapia são oferecidas pela UBS 6 às quintas-feiras, a partir das 9h. Já o reiki necessita de marcação prévia, pois é uma modalidade de tratamento individualizado. Para os interessados, a unidade de saúde fica na QS 122, Samambaia Sul, ainda com o nome de Clínica da Família na fachada.
O DF é um dos estados pioneiros na oferta de práticas integrativas de saúde (PIS). Os primeiros atendimentos, com homeopatia e fitoterapia, foram realizados em 1987, no Centro de Saúde nº 2, do Núcleo Bandeirante.
PIS – As práticas integrativas abordam a saúde do ser humano na sua multidimensionalidade – física, mental, psíquica, afetiva e espiritual – fortalecendo os mecanismos naturais de cura do o organismo.
As PIS são indicadas como terapia coadjuvante ou principal. Sua inserção no Sistema Único de Saúde (SUS) é entendida como estratégia importante para melhorar a resolutividade e efetividade dos projetos terapêuticos individuais e coletivos; reduzir o uso desnecessário de medicamentos e os efeitos adversos dos tratamentos crônicos; auxiliar nos processos de revisão existencial dos indivíduos; acrescentar bem-estar e qualidade de vida às pessoas adoecidas.