01/09/2020 às 17h04

Vacina é a principal arma contra a coqueluche

Doença acomete principalmente bebês de até seis meses não imunizadosBordetella pertussis

JOSIANE CANTERLE, DA AGÊNCIA SAÚDE DF

 

Sintomas, transmissão e prevenção

  A doença manifesta três fases, sendo a primeira a catarral, com sintomas leves que podem ser confundidos com uma gripe. O paciente apresenta coriza, febre, mal estar e tosse seca e, em seguida, há acessos de tosse seca contínua. Na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. Na convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.   De fácil propagação, a coqueluche é transmitida, principalmente, durante a fase catarral e em lugares com aglomeração de pessoas. Para se infectar é necessário contato direto com uma pessoa doente, por gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou fala. Há também a possibilidade de transmissão por objetos contaminados.   A prevenção à coqueluche só é possível depois de receber, pelo menos, a terceira dose da vacina tríplice bacteriana ou DPT. Ela também está presente no calendário de vacinação de gestantes, com a vacina DTPa. No início da década de 1980 o Brasil registrava cerca de 36 mil casos por ano. Já em 2019 esse número reduziu para 1.495 doentes no país.  

Tratamento

  Ao apresentar os sintomas iniciais, o paciente deve buscar atendimento em uma unidade básica de saúde, em caso de sintomas mais leves ou moderados; ou a emergência de um hospital, nos mais graves. O tratamento da doença geralmente é realizado por meio de antibióticos receitados pelo médico conforme a gravidade de cada caso.