25/01/2012 às 16h40

Vigilância divulga índice de infestação da dengue

A Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde reforça nesta quarta-feira (25), no Sudoeste, a colocação de armadilhas para detectar larvas do mosquito da dengue. O objetivo é monitorar as áreas com baixo índice de infestação do mosquito Aedes aegypti e fazer com que os técnicos da Secretaria de Saúde tenham informações relativas às cidades consideradas como de baixo risco. Além do Sudoeste, estão no mesmo rol localidades como Águas Claras, Arniqueira, Riacho Fundo I e II e SIA/SAAN.

Segundo a gerente de Operações de Campo em Vigilância Ambiental, Kenia Cristina de Oliveira, a colocação de armadilhas (Ovi Trampa) ocorre todos os anos e destina-se a comprovar os índices de infestação predial previamente levantados e também para que a Dival tenha segurança de ação, já que normalmente os agentes de saúde ambiental são deslocados para as áreas com maior ocorrência de larvas do mosquito.

Durante essa semana, após a conclusão do Diagnóstico Rápido no DF para Vigilância Entomológica do Aedes Aegypti, ficou estabelecido que o trabalho de vigilância deve ser intensificado na Asa Sul, Guará I e II, lago Sul e Park Way. Em todas essas cidades os índices de infestação foram considerados altos, acima de 3,9%, o que indica risco de surto.

No levantamento coordenado pelos Núcleos Regionais de Vigilância Ambiental, dez localidades tiveram índice de infestação predial abaixo de 1%, 22 alcançaram índice de 1,0 a 2,4% e quatro localidades ficaram acima de 3,9%. 

Segundo Kenia, durante o período de chuvas é esperado um aumento dos índices, tanto que é feita uma avaliação dos imóveis durante o mês de outubro -antes das chuva -, em janeiro, - no meio do período chuvoso – e no fim de março, quando acaba o período crítico.   

Em relação às armadilhas, a bióloga  explica que trata-se de pequenos frascos com um ambiente propício para que a fêmea dos Aedes deposite os ovos. Esses frascos são colocados relativamente perto uns dos outros,  já que a fêmea coloca, em média, 1.500 ovos durante a vida adulta, distribuídos em locais que chegam a 300 metros um do outro.  

Ainda de acordo com Kenia, é preciso que todos os moradores estejam atentos e lavem os recipientes que comportem água, toda semana. “Não é preciso esperar que o agente passe na residência para eliminar a água parada e fazer a limpeza porque o ciclo de vida do mosquito é menor do que o espaçamento das visitas”, reforça.

Arielce Haine SES-DF