Esquistossomose
A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo Schistosoma mansoni, diretamente relacionada a condições de saneamento básico. A
contaminação do homem ocorre quando este entra em contato com água doce com presença de caramujos infectados pelo S. mansoni. No Brasil, a doença é conhecida popularmente como “xistose”, “barriga d’água” ou “doença dos
caramujos”.
Modo de transmissão:
A transmissão da esquistossomose acontece através da eliminação de ovos do verme nas fezes humanas de um indivíduo infectado. Os ovos em
contato com a água eclodem e liberam larvas que infectam os caramujos, conhecidos como hospedeiros intermediários. Após, as larvas deixam o
caramujo em forma de cercarias e ficam nas águas podendo infectar o homem, hospedeiro definitivo, quando em contato com essas águas.
Período de incubação:
Varia de duas a seis semanas após a infecção e compreende o período desde a penetração da cercaria, até a instalação dos vermes adultos no interior do hospedeiro definitivo e aparecimento dos sintomas.
Período de transmissibilidade:
O homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a partir de cinco semanas após a infecção e por um período de seis a dez anos, podendo chegar a até mais de 20 anos. Os caramujos começam a eliminar cercarias após quatro a sete semanas da infecção e eliminam por toda sua vida, que é aproximadamente de um ano.
Sinais e sintomas:
Pode ser inicialmente assintomática, mas pode evoluir para formas clínicas graves e levar o paciente a óbito. As manifestações clínicas variam de
acordo com a fase da doença.
Fase aguda: Geralmente assintomáticos, mas podem apresentar manifestações de um quadro conhecido como Febre de Katayama, que incluem:
- Febre
- Dor de cabeça
- Calafrios
- Suores
- Fraqueza
- Falta de apetite
- Dor muscular
- Tosse
- Diarreia
Fase crônica: diarreia mais constante, alternando-se com prisão de ventre, além de outras manifestações como:
- Tonturas
- Sensação de plenitude gástrica
- Prurido (coceira) anal
- Palpitações
- Impotência
- Emagrecimento
- Endurecimento e aumento do fígado.
Nos casos graves podem haver fraqueza acentuada e aumento do volume do abdômen, conhecido popularmente como barriga d’água. Se não tratada adequadamente, a esquistossomose pode evoluir e provocar algumas complicações, como:
- Aumento do fígado;
- Aumento do baço;
- Hemorragia digestiva;
- Hipertensão pulmonar e portal;
- Morte.
Diagnóstico
A confirmação de caso de esquistossomose é feita através de visualização de ovos viáveis de Schistosoma mansoni nas fezes ou tecidos,
sendo o padrão outro o método Kato-Katz, realizado pelo Laboratório Central de Saúde Pública. Exames sorológicos indicam suspeição mais não são confirmatórios.
Tratamento
O tratamento é feito com uso do medicamento Praziquantel, distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde e dispensado pela Farmácia Escola do Hospital Universitário de Brasília – HUB.
Os casos graves podem requerer internação hospitalar e outros tratamentos, conforme cada situação.
Notificação compulsória
O Distrito Federal é focal na ocorrência de esquistossomose. Trata-se de doença de notificação compulsória, onde todo CASO CONFIRMADO deve ser notificado e informado à Gerência de Vigilância de Doenças Transmissíveis (GVDT) e ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS).
Fonte: Ministério da Saúde
SAIBA MAIS:
Guia de Vigilância em saúde 6ª edição revisada – Volume 2
Vigilância Da Esquistossomose Mansoni Diretrizes Técnicas
Acesse aqui mais informações sobre a esquistossomose.
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Informativos Epidemiológicos - Esquistossomose