04/06/2025 às 08h56

Cães da Zoonoses do DF recebem microchips para identificação eficaz

Ação capacita veterinários da rede pública e privada a realizar procedimento e a fazer registro adequado dos animais

Karinne Viana, da Agência Saúde-DF | Edição: Natália Moura

Cerca de 60 cães da Gerência de Zoonoses do Distrito Federal receberam microchips. A tecnologia permite maior controle e rastreabilidade da população animal. Para realizar o procedimento, veterinários de instituições públicas e privadas foram capacitados no fim de maio. 

Dentre os participantes estavam servidores da Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival), da Secretaria de Saúde (SES-DF). O grupo foi treinado a aplicar os microchips e a utilizar o Sistema do Cadastro Nacional de Animais Domésticos (SinPatinhas) - ferramenta pública, digital e gratuita que auxilia no cadastro de cães e gatos em todo o País.

A implantação do chip é feita sob a pele do animal de forma rápida, indolor e segura. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

“Esse registro é essencial para que os animais que passam por adoção estejam vinculados legalmente a seus novos tutores. Além disso, a microchipagem garante que, em caso de fuga, eles possam ser facilmente identificados e devolvidos ao responsável”, explica a gerente da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses, Camila Cibele Rodrigues.

Microchipagem

O microchip é um pequeno dispositivo ativado por radiofrequência, com duração estimada de até 20 anos. Ele contém um número de 15 dígitos que identifica o animal de maneira única. A implantação é feita sob a pele do animal, de forma rápida, indolor e segura. Vale destacar que o chip não tem função de rastreamento por GPS e só pode ser lido por aparelhos específicos.

O microchip, com duração de até 20 anos, facilita a identificação do animal em caso de perda ou fuga, permitindo a rápida localização do tutor. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

Para a gerente substituta da Gerência de Vigilância Ambiental de Zoonoses, Mayara Rosa, a microchipagem fortalece a atuação da vigilância em saúde pública. “Diferente de coleiras e plaquinhas, o chip não pode ser perdido ou adulterado. Ele permite a rastreabilidade completa, inclusive do cartão de vacinas e histórico de atendimentos do animal”, detalha. 

Capacitação

O treinamento foi realizado pela Universidade de Brasília (UnB), em parceria com cursos privados de medicina veterinária e apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

De acordo com a professora do curso de Medicina Veterinária da UnB Ligia Cantarino, a ação é parte de um Acordo de Cooperação Técnica e um projeto de extensão que integra o Programa Nacional de Manejo Ético Populacional de Cães e Gatos (ProPatinhas), do MMA.

“A ideia é aumentar a conscientização da guarda responsável dos animais, além de permitir a inserção da carteira de saúde de cães e gatos, incluindo vacinação, castração e medicações, vinculando essas informações ao CPF do tutor”, aponta a professora. 

A próxima etapa do projeto prevê a instalação de postos-piloto de "chipagem" de cães e gatos, onde a população poderá cadastrar seus animais e autorizar a inserção do microchip de forma gratuita.