DF lança projeto para ampliar cobertura de vacinação antirrábica
DF lança projeto para ampliar cobertura de vacinação antirrábica
Quantidade de postos de vacinação aumentará com credenciamento de parceiros privados para aplicação gratuita das doses
BRASÍLIA (3/7/17) – A Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciou, nesta terça-feira (3), uma estratégia que permitirá fazer a vacinação antirrábica de cães e gatos durante o ano inteiro. Para isso, lançará um edital de chamamento público destinado a credenciar consultórios, clínicas, hospitais veterinários e instituições de ensino superior com oferta de graduação em Medicina Veterinária para aplicar as doses gratuitamente. O objetivo é ampliar a cobertura vacinal de cães e gatos contra a raiva, que é letal em animais e humanos.
"Nossa previsão é que o edital seja publicado na próxima semana. Essa é uma medida inovadora para aumentar a cobertura vacinal, que não tem atingido a meta nos últimos anos. Queremos ampliar o número de postos e facilitar a vacinação, já que funcionará ao longo do ano mais perto de casa", disse o subsecretário de Vigilância à Saúde, Marcos Quito.
Atualmente, 10 espaços públicos oferecem o serviço anualmente. Com esse projeto – denominado Implantação e Ampliação da Rede Descentralizada de Vacinação Antirrábica do DF - a ideia é aumentar esse número para 565 postos.
O projeto terá três etapas. A primeira, com início até meados deste mês, prosseguirá até abril de 2018. Até lá, a expectativa é que 100 locais de vacinação passem a integrar a rede de vacinação. Na segunda fase, de maio de 2018 a maio de 2019, espera-se a adesão de mais 200 postos. A previsão para último período, de junho de 2019 a maio de 2020, é a incorporação de mais 265 estabelecimentos.
A quantidade de adesões foi definida de acordo com o número de estabelecimentos de medicina veterinária registrados pela Vigilância Sanitária. A previsão é que cada um deles aplique, aproximadamente, 1000 doses por ano. As entidades serão certificadas e identificadas, bem como fiscalizadas pela Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival), da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS).
DIA D – A pasta anunciou, ainda, que a campanha de imunização antirrábica de 2017 será realizada em dois sábados no DF – o primeiro em 25 novembro, na área urbana, com previsão de que funcionamento de 400 postos e atuação de 1,2 mil servidores e colaboradores. Já em 2 de dezembro serão 200 postos de vacinação na área rural com 800 servidores da Diretoria de Vigilância Ambiental e da Emater. Atualmente, há 35 mil doses na rede e mais 350 mil disponíveis para o DF nos estoques do Ministério da Saúde.
NÚMEROS - A estimativa é que o DF possua 339.261 cães e gatos, sendo 308.419 cães e 30.842 gatos. A meta é imunizar 271.408 animais (80%) - 246.735 cães e 24.673 gatos. O cálculo é feito com base na população humana, segundo critérios da Organização Mundial da Saúde.
REDE – Atualmente, a Secretaria de Saúde disponibiliza rotineiramente as doses da vacina antirrábica na sede da Dival e nos núcleos regionais de Vigilância Ambiental do Gama, Brazlândia, Ceilândia, Planaltina, Recanto das Emas, Sobradinho, Paranoá, São Sebastião e Núcleo Bandeirante.
DOENÇA - O veterinário da SVS Laurício Monteiro explica que a raiva é uma doença viral infecciosa que pode acometer todos os mamíferos. A vacinação é o melhor instrumento para formar uma barreira imunitária contra a doença, que protege também o ser humano.
Segundo ele, a grande preocupação de prevenir a doença em cães e gatos ocorre em razão de 100% de letalidade nesses animais e de quase 100% em seres humanos. "Nós tivemos apenas seis casos de raiva humana no mundo que não chegaram a óbito, mas todos ficaram com lesões cerebrais", disse o veterinário.
Caso o animal mude o comportamento, o proprietário deve observar se ele está vacinado. Inicialmente, o cão ou gato contaminado se torna agressivo e, ao longo do tempo, começa a salivar em função do comprometimento da musculatura. Posteriormente, ocorre uma lesão cerebral, paralisia e óbito. Tudo ocorre em, no máximo, 10 dias. Em caso de suspeita da doença, é necessário acionar a Vigilância Sanitária pelo telefone 160.
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