19/05/2022 às 17h11

Diversas iniciativas marcaram o Dia da Luta Antimanicomial

Atividades ressaltam a importância da data, que defende o direito das pessoas com sofrimento mental

Jurana Lopes, da Agência Saúde-DF

Atividades ressaltam a importância da data, que defende o direito das pessoas com sofrimento mental. Foto: Reprodução

Os direitos das pessoas com sofrimento mental, além do combate à ideia de isolar o paciente com transtornos mentais, em nome de tratamentos, foram tema de ações alusivas à data, na quarta-feira (19). A Secretaria de Saúde oferece atendimento por meio dos Centros de Atenção Psicossociais (Caps). Hoje, a rede possui 18 Caps, sendo quatro infanto-juvenis; seis para transtornos mentais de sdultos, sete para questões de álcool e outras drogas, além do Caps I de Brazlândia, que atende a todos esses públicos.

A Pasta também dispõe de dois ambulatórios especializados em Saúde Mental, o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp) e o Adolescentro. Esses dois atendem transtornos mentais moderados do público infanto-juvenil. Já os Caps prestam assistência a pacientes com transtornos mentais graves e persistentes.


No Caps II de Taguatinga foi proposta a implantação de um jardim comunitário, denominado Jardim da Vida. Foto: Reprodução

Jardim da Vida

No Caps II de Taguatinga foi proposta a implantação de um jardim comunitário, denominado Jardim da Vida. A criação do espaço contribui para estreitar as relações com as instituições parceiras da região e possibilitando  que o jardim seja zelado pela coletividade.

“Pela manhã estiveram conosco cerca de 70 pessoas e à tarde, aproximadamente 50. O dia da Luta Antimanicomial é lembrado todas os anos nas unidades de saúde mental como forma de reforçar que os serviços substitutivos são instrumentos potentes para o cuidado de pessoas em sofrimento psíquico”, explica Vilmara Cardoso, gerente do Caps II de Taguatinga.

Ela lembra que a unidade atende pessoas acima de 18 anos, em sofrimento psíquico intenso e que residem em Taguatinga, Águas Claras, Arniqueiras, 26 de Setembro, Vicente Pires e Ceilândia (exceto quadras QNN e QNM).

Na UBS 2 do Cruzeiro, para marcar a data, foi oferecida sessão de cinema para usuários de práticas coletivas da unidade. Eles assistiram  a um documentário sobre a luta antimanicomial e reforma psiquiátrica. A finalidade da ação foi sensibilizar sobre a importância da reforma psiquiátrica e o tratamento em saúde mental fora dos manicômios, além da humanização da assistência e do cuidado em saúde mental.


O dia da Luta Antimanicomial é lembrado todas os anos nas unidades de saúde mental. Foto: Reprodução

“É importante falar sobre a luta manicomial pois o movimento fundamenta-se na luta pela transformação da relação transtornos mentais e sociedade”, explica Iratan Crisostomo, gerente da UBS 2 do Cruzeiro.

No Caps II do Paranoá foi realizado sarau com a apresentação de várias oficinas e um café da manhã, que marcou um momento de confraternização entre os diversos grupos terapêuticos e os usuários em alusão à semana de saúde mental.

“Participaram do sarau cerca de 90 pessoas. O intuito foi evidenciar a importância dos serviços de saúde mentais substitutivos aos manicômios além da participação social e o protagonismo dos pacientes no curso de seu cuidado em saúde mental”, informa Ricardo Alves, gerente do Caps II do Paranoá.

No Caps III de Samambaia ocorreram atividades como café da manhã, roda de conversa, tai chi chuan, além de transmissão do filme “Um grito além da História”, com mesa de debate para discutir sobre o longa-metragem e dança. Nesta quinta-feira, ocorre oficina de Artes e uma sessão de cine-debate com o filme “A máscara em que você vive”.


Criação do espaço contribui para estreitar as relações com as instituições parceiras da região. Foto: Reprodução