Tétano

Não são apenas pregos e cercas enferrujadas que podem provocar o tétano. A bactéria Clostridium Tetani, causadora do tétano, pode ser encontrada normalmente na natureza, cuja identificação pode ocorrer na pele, terra, galhos, plantas baixas, água suja, poeira e trato intestinal de animais e fezes. Assim, pode contaminar as pessoas que tenham lesões na pele – feridas, arranhaduras, cortes etc. A toxina produzida pela bactéria ataca, principalmente, o sistema nervoso central. Se o tétano não for tratado corretamente, pode matar.

 

Prevenção

A melhor forma de prevenir o tétano é com a vacina. O Ministério da Saúde recomenda para o calendário básico:

  • três doses da vacina pentavalente (2, 4 e 6 meses de idade);
  • dois reforços com a vacina DTP (aos 15 meses e outra aos 4 anos de idade);
  • em adultos, um reforço a cada 10 anos com a vacina dupla adulto (dT);
  • para gestantes, aplicar a cada gestação uma dose de dTpa, a partir da 20ª semana.

 

A doença não confere imunidade, portanto, é muito importante manter o cartão vacinal em dia.

No Distrito Federal, a série histórica mostra poucos casos de 1990 a 2019, foram 44 eventos e três óbitos. No entanto, a letalidade da doença ainda é alta no Brasil, nos últimos três anos, ficou entre 30% a 40%. Em países desenvolvidos, esse percentual apresenta-se entre 10% a 17%. Entre os anos de 2013 a 2014, 70% dos casos concentraram-se no grupo com faixa etária de 30 a 69 anos de idade. A maioria ocorreu nas categorias de aposentado-pensionistas, trabalhador agropecuário, seguidos pelos grupos de trabalhador da construção civil (pedreiro), estudantes e donas de casa.

Transmissão

O tétano não é uma doença transmitida de pessoa a pessoa. A transmissão ocorre, geralmente, pela contaminação de um ferimento da pele ou mucosa. O período de incubação (tempo que os sintomas levam para aparecer desde a infecção) é curto: em média de 5 a 15 dias, mas pode variar de 3 a 21 dias.

Situação vacinal

Caso você tenha dúvidas sobre suas vacinas ou não se lembre de ter sido vacinado, procure um serviço ou a equipe de saúde mais próxima, levando seu cartão de vacinação para a verificação. Se não possuir esse cartão, informe ao profissional de saúde para que receba a orientação adequada.

Tétano neonatal

Também é uma doença infecciosa aguda, grave, não-contagiosa, que acomete o recém-nascido (RN) nos primeiros 28 dias de vida, tendo como manifestação clínica inicial a dificuldade de sucção, irritabilidade, choro constante. É conhecida como “Tétano umbilical” e “Mal de sete dias”.

A incidência da doença reduziu significativamente após a implantação do Plano de Eliminação do Tétano Neonatal (PETNN) em 1992. Segundo dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 2017 e 2019, não foram registrados casos de tétano neonatal no Brasil.

A imunidade do recém-nascido é conferida pela vacinação adequada da mãe com esquema de vacina antitetânica. A partir da 20ª semana, a gestante deverá receber uma dose de vacina antitetânica acelular (dTpa), sendo aplicada novamente a cada gestação.

 VÍDEO

Orientações gerais para abordagem de paciente com suspeita de tétano acidental:

Texto: Érika Bragança, da Agência Saúde-DF

Edição: Johnny Braga