Começa a vacinação contra o HPV em meninas do DF
Começa a vacinação contra o HPV em meninas do DF
Meta é imunizar 64 mil estudantes
Começou nesta segunda-feira (1º) a vacinação contra o papiloma vírus (HPV) em meninas que nasceram entre 1º de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de 2002 em todas as escolas públicas e particulares do Distrito Federal. A meta é imunizar de 64 mil estudantes que estão dentro da faixa etária da campanha contra a doença, principal causadora do câncer de colo do útero, que mata cerca de 90 mulheres por ano, só na capital do País.
Agora, pais e outros interessados contam com o site www.dfcontrahpv.com.br onde poderão obter respostas para dúvidas que ainda tenham, bem como, imprimir o formulário que autoriza a vacinação. As meninas só poderão ser imunizadas mediante apresentação do documento de identidade e do termo de autorização, assinado pelos pais e ou responsáveis.
O sucesso da imunização, uma ação pioneira no país, depende muito da parceria com a Secretaria de Educação. Desde o dia 8 de março, profissionais da área de educação receberam capacitação e esclarecimentos sobre a campanha. Eles foram treinados por técnicos da SES para ajudar na vacinação e orientar as famílias das estudantes sobre a importância da ação.
Para garantir a efetividade da vacina, é necessária a aplicação de três doses, com intervalo de 60 e 180 dias após a primeira dose. O calendário de vacinação foi organizado de acordo com o calendário escolar, das escolas públicas e privadas, respeitando o período das férias. A primeira dose será aplicada de 1º a 26 de abril, a segunda, de 3 a 28 de junho e a terceira de 30 de setembro a 1º de novembro.
Cada dose da vacina custa R$ 73 e a Secretaria de Saúde investiu cerca de R$ 13 milhões na compra de 192 mil doses. A partir de 2014, a imunização será exclusiva para meninas de 11 anos, com o objetivo de assegurar proteção contra quatro tipos do HPV (6, 11, 16 e 18), antes do início da vida sexual.
Duas vacinas contra HPV foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e estão comercialmente disponíveis em clínicas privadas: a quadrivalente, que confere proteção contra HPV 6, 11, 16 e 18; e a vacina bivalente, que confere proteção contra HPV 16 e 18.
O Ministério da Saúde ainda estuda a viabilidade de introdução da vacina no calendário nacional. A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou, em setembro, um projeto de lei que propõe a aplicação de vacinas contra o HPV em meninas com idade entre nove e 13 anos, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta agora será analisada pela Câmara dos Deputados.
A doença
Os HPVs são vírus capazes de infectar a pele e as mucosas. A transmissão se dá por contato direto com o local infectado, sendo que a principal forma de transmissão é pela via sexual. Quando a infecção persiste, ela pode resultar no desenvolvimento de lesões precursoras, progredindo para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que 40 deles podem infectar o trato ano-genital.
Prevenção
O uso do preservativo durante o ato sexual não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas passiveis de contaminação. Na presença de infecção na vulva, na região peniana e proximidades, o HPV poderá ser transmitido, mesmo com o uso da camisinha. O preservativo feminino, se usado desde o início do ato sexual, protege de forma mais eficaz.
Para evitar o surgimento do câncer de colo do útero é importante que as mulheres façam exames preventivos (Papanicolau ou Citopatológico), que podem detectar as lesões precursoras. Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas, é possível prevenir a doença em 100% dos casos.
As lesões clínicas se apresentam como verrugas ou lesões denominadas condilomas acuminados e popularmente chamadas "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Têm aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens, podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta, em ambos os sexos.
O tratamento apropriado das lesões precursoras é imprescindível para a redução da incidência e mortalidade pelo câncer do colo uterino. Só o médico, após a avaliação de cada caso, pode recomendar a conduta mais adequada.
Cronograma de vacinação nas escolas
Regional |
Nº de Escolas |
|
Santa Maria (HRSM) |
20 |
|
Asa Sul (HRAS) |
72 |
|
Guará |
13 |
|
Recanto das Emas |
29 |
|
Paranoá (HRPa) |
13 |
|
São Sebastião |
14 |
|
Núcleo Bandeirante |
31 |
|
Sobradinho |
A definir |
|
Planaltina |
A definir |
|
Brazlândia |
A definir |
|
Gama |
40 |
|
Taguatinga |
A definir |
|
Samambaia |
42 |
|
Ceilândia |
18 |