Culto ecumênico celebra sete anos do Programa de Transplantes do ICDF
Culto ecumênico celebra sete anos do Programa de Transplantes do ICDF

Desde o início, 783 procedimentos foram feitos no Instituto
BRASÍLIA (30/9/16) – Cerca de cem pessoas, entre pacientes transplantados e familiares, além de profissionais de saúde, participaram de um culto ecumênico na tarde desta sexta-feira (30), em comemoração e agradecimento aos sete anos do Programa de Transplantes do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). O evento encerra as festividades do mês reservado ao Dia Nacional de Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro.
Presente ao evento, o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, lembrou da importância da parceria entre a pasta e o ICDF para a realização de transplantes. "É o SUS que dá certo. Praticamente todos os transplantes realizados no DF são pelo sistema público, com essa parceria entre a Secretaria de Saúde e o Instituto de Cardiologia", comenta.
Durante esses sete anos, foram 783 transplantes realizados. Destes, 217 somente neste ano. Ireunilce Cardoso está nestas estatísticas. Ela recebeu um fígado há seis meses e hoje só agradece por ter encontrado um doador tão rápido. "Entre dezembro e março, meu fígado morreu. Todos achavam que eu não iria aguentar. Mas, graças a Deus, logo apareceu doador e deu tudo certo. Inclusive na minha recuperação", conta, animada.
Transplantado há menos tempo, Genivaldo Gonçalves recebeu um novo coração. Operado há um mês, resume como está se sentido em uma frase curta, entusiasmada e cheia de emoção: "Estou nota 10! ".
A celebração desta sexta-feira homenageou os cuidadores e familiares dos pacientes. Uma mensagem foi lida e todos foram convidados a se abraçar, momento de emoção para todos os presentes.
"Para nós é gratificante ver um paciente que chegou aqui tão debilitado e sair com uma vida nova. Todo ano fazemos essa comemoração, para relembrar como o paciente chegou e como ele está agora: a retomada da vida, da família e ver que a doença não foi um ponto final", ressalta a coordenadora da Unidade de Transplantes do ICDF, Camila Scatolin.
VANTAGEM – O Brasil é um dos poucos locais no mundo onde é possível fazer transplantes e todo o acompanhamento pós cirúrgico totalmente bancado pelo Sistema Único de Saúde.
Segundo a superintendente do ICDF, Núbia Vieira, o DF tem muito o que comemorar. "Até quatro anos atrás, Brasília só fazia transplantes de coração e os pacientes que precisavam de outros órgãos, precisavam sair daqui. Hoje, o DF tornou-se referência para outros Estados", destaca.
Ela ainda frisa alguns pontos que ajudaram a melhorar o transplante no DF.
"Melhorou a oferta e também a captação à distância. Hoje, 40% dos órgãos vêm de outros Estados, transportados por meio de parcerias com a FAB, algumas empresas de transporte aéreo, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Samu", diz Núbia Vieira.