Secretaria de Saúde do Distrito Federal

O profissional de enfermagem, tanto o enfermeiro quanto o técnico/auxiliar, desempenha papel essencial na Atenção Primária à Saúde (APS) pois atua em todas as dimensões da assistência ao usuário. Além disso, atua como elo entre todos os profissionais da equipe, uma vez que possui visão integral e compartilha seus saberes.

Na Atenção Primária à Saúde, o enfermeiro desempenha grande poder de resolutividade e possui bastante autonomia, tanto que realiza consultas, exames físicos e tem liberdade para conduzir e resolver uma grande quantidade de demandas, sem ter que encaminhar para outras áreas ou unidades.

A enfermeira sempre atuou na Atenção Primária à Saúde. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Luciana Moura é enfermeira há 22 anos, sendo 15 deles como servidora da Secretaria de Saúde. Ela sempre atuou na APS e hoje, trabalha na UBS 5 de Taguatinga. “Gosto muito da minha profissão. A Atenção Primária nos possibilita atuar na promoção, prevenção e tratamento das doenças. Além disso, desempenhamos um papel importante na educação em saúde, no atendimento a instituições de longa permanência, ações de saúde em escolas, assistência a pacientes e cuidados paliativos. É uma gama imensa de atuações", afirma.

O enfermeiro também atua na resolução de problemas, na organização de serviços e ações estratégicas como as campanhas de vacinação. Ele tem autonomia para realizar consultas de pré-natal, de crescimento e desenvolvimento (CD), acompanhamento de pacientes crônicos, visitas domiciliares, investigação de doenças como hanseníase, tuberculose e infecções sexualmente transmissíveis. Muitas vezes os pacientes questionam o porquê de terem uma consulta com o enfermeiro, ao invés do médico, no entanto, o enfermeiro é habilitado e possui conhecimento específico para isso.

De acordo com a Lei 7.498/1986 e o Decreto 94.406/1987 a consulta de enfermagem é atribuição privativa do enfermeiro, que cuida do usuário a partir de suas necessidades, com ênfase na integralidade da assistência. Na consulta de enfermagem são coletados dados clínicos, sociais, econômicos, demográficos, bem como histórico familiar e pessoal que possa, estar influenciando nas queixas do usuário, com vistas a estratificação de risco, prevenção de agravos em saúde e resolutividade nas demandas do usuário.

Enfermeira Luciana realizando uma consulta com paciente. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

“O enfermeiro precisa fazer a escuta qualificada dos pacientes, para buscar soluções que atendam às necessidades dos usuários. É por isso que a APS tem capacidade de resolução de 86%, o que reduz a busca pela atenção hospitalar ou especializada sem a real necessidade”, explica.

Auxílio permanente

Não dá para falar da atuação do enfermeiro sem lembrar do técnico em enfermagem, pois são profissionais que andam lado a lado em suas atividades. Luciana destaca que o técnico em enfermagem auxilia o enfermeiro em todas as atividades, desde o acolhimento, à escuta qualificada, levantamento de demandas dos pacientes, sinais vitais, além da administração de medicações.

“A sala de vacina não funciona sem os técnicos de enfermagem. Geralmente, são dois ou três técnicos e um enfermeiro. É um trabalho em conjunto, uma parceria”, afirma Luciana.

Técnico de enfermagem é fundamental nas salas de vacina. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Leila Cristina Queiroz é técnica de enfermagem da Secretaria de Saúde há 15 anos. Mas há seis meses atua na Atenção Primária à Saúde, na sala de vacina. Para ela, é gratificante trabalhar com a parte de imunização, pois tem a oportunidade de fazer a prevenção antes da doença acometer aquele usuário que busca pela vacina.

“O técnico de enfermagem é essencial em todas as áreas, pois o enfermeiro auxilia na organização das demandas e nós executamos a programação prevista para o dia. Na sala de vacina, cuidamos desde o registro, à diluição, aplicação e organização do ambiente", resume a profissional.