Ensaio fotográfico de bebês da UTI Neonatal do Hmib leva acolhimento e afeto às famílias
Ensaio fotográfico de bebês da UTI Neonatal do Hmib leva acolhimento e afeto às famílias
Com o tema junino, registros humanizam atendimento e fortalecem vínculo com recém-nascidos internados
Larissa Lustoza, da Agência Saúde DF | Edição: Willian Cavalcanti
Chegou a época das festas juninas e os recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) não ficaram de fora do clima festivo. Na quinta-feira (26), a equipe da unidade junto ao grupo multiprofissional da Residência em Saúde da Criança da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências de Saúde (Fepecs) promoveu um ensaio fotográfico aos pequenos internados com direito à chapéu de palha e adereços caipiras.
O objetivo da ação é promover um momento de humanização e acolhimento às famílias, integrando a equipe de forma afetiva e respeitosa ao contexto cultural do período junino. Além disso, os ensaios estimulam o vínculo entre o bebê e as famílias, muitas vezes fragilizado devido ao cuidado especializado que os pequenos exigem nas unidades de cuidado intensivo.

“ Queremos eternizar as memórias e criar uma história de vida já desde a integração, trabalhando nesse momento mais sensível para as famílias. Muitas vezes o bebê nasce e já vai direto para a UTI e nós conseguimos trazer as famílias para perto”, explica a residente em psicologia e uma das responsáveis pela atividade, Isabela Sartori.
A mãe do pequeno Benício, Ana Júlia Nunes, 21, é exemplo do impacto positivo da atividade. Internado na UTI há mais de vinte dias devido à gastrosquise - uma má formação abdominal - o pequeno colocou o chapéu de palha e participou do seu primeiro ensaio fotográfico. “Eu acho importante participar desde o primeiro momento de tudo, até ele ter alta. Eu acredito que ele já sente a gente e, quando ele estiver maior, vai ver que estivemos presentes o tempo todo”, declarou a mãe.

A psicóloga do Hmib e preceptora da residência, Elen Carioca Zerbini, destaca que ações como essa oferecem leveza e cuidado emocional às famílias. “ É uma forma de acolher os bons momentos e vivenciar a nossa cultura”, enfatiza.
A moradora do Recanto das Emas, Dalila Cristina Damasceno, sente gratidão pela atividade, que a ajudou a distrair da preocupação com o pequeno Christopher - o primeiro menino após três meninas - internado devido a uma infecção. “Durante a minha gestação, descobri tumores no coração dele e, após a cirurgia, ele foi transferido para cá. Estou bem preocupada com ele, esperando as melhoras”, contou. “Toda a atividade foi interessante, porque pelo menos deu algo para a gente organizar e se distrair”, relatou.
