Farmácia Viva recebe estufas de secagem para agilizar produção de fitoterápicos
Farmácia Viva recebe estufas de secagem para agilizar produção de fitoterápicos
Equipamentos garantem maior controle e qualidade das matérias-primas
BRASÍLIA (27/12/2017) - Uma das pioneiras do Brasil no fornecimento de medicamentos fitoterápicos para a rede pública - feitos a partir de plantas medicinais –, a Farmácia Viva da Secretaria de Saúde do DF está encerrando o ano com motivos para comemorar.
Foram entregues na unidade duas novas estufas para secagem, uma de médio e outra de grande porte, licitadas na modalidade pregão, ao custo global de R$ 23 mil. Elas foram obtidas a partir de projeto apresentado pelo Ministério da Saúde, mediante edital para incentivar "arranjos produtivos locais".
Os novos equipamentos entrarão em funcionamento no início do próximo ano e vão modernizar e aumentar a capacidade do processo produtivo. "Ganharemos mais agilidade na fabricação e maior qualidade na matéria-prima, pois os aparelhos permitem a programação eletrônica e um controle mais preciso nos procedimentos de secagem", informa o chefe da Farmácia Viva, Nilton Luz.
Mas a qualidade dos medicamentos fitoterápicos produzidos na unidade, ainda que possa ser aperfeiçoada, já tem o respaldo na série de cuidados aplicados em todas as etapas de elaboração dos produtos. "Não utilizamos qualquer tipo de adubação ou controle químico nas plantas. O cultivo é 100% natural e até mesmo os adubos orgânicos são usados ao mínimo", esclarece o farmacêutico.
As afirmações de Nilton Luz encontram amparo na série de análises realizada pelo Laboratório Central da SES/DF (Lacen), por intermédio de termo de cooperação, que examinou amostras de lotes da erva baleeira (Cordia verbenacea) e babosa (Aloe vera) – selecionadas para avaliação por sua elevada demanda na rede. Todas as verificações microbiológicas e físico-químicas revelaram a qualidade satisfatória dos produtos.
Em 2018, a lista de produtos que passarão pelo crivo do Lacen será acrescida a partir da listagem de sete plantas atualmente distribuídas para 21 unidades de saúde da rede pública do DF. Além da erva baleeira e babosa, apresentadas em forma de gel, a Farmácia Viva também oferta o boldo nacional (tintura), alecrim-pimenta (gel), guaco (tintura e xarope), confrei (gel) e funcho (tintura).
BALANÇO - Em 2017 a Farmácia Viva, até 4 de dezembro, produziu 19.267 fitoterápicos, número que dever superar os 20 mil até o fim do ano, de acordo com as estimativas do órgão.
Para o próximo ano está prevista a entrada de mais um medicamento fitoterápico na linha de produção, a colônia (Alpinia speciosa) – utilizada como chá calmante e ansiolítico – após a apresentação de trabalho científico a ser publicado em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o cumprimento de todas as exigências para inclusão de plantas destinadas à utilização no SUS, englobando a avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Outro ponto relevante na atuação da Farmácia Viva em 2017, segundo Nilton Luz, foi o aumento no número de visitas técnicas, incluindo professores e alunos de diversas áreas de formação, principalmente profissionais de saúde. Ele também destaca o treinamento para farmacêuticos dos serviços de atenção primária da Secretaria de Saúde do DF, que passaram por qualificação profissional direcionada à prescrição de medicamentos fitoterápicos. "Estamos verificando um interesse crescente no uso das plantas medicinais", avalia.