23/01/2015 às 12h09

Saúde inicia ações de prevenção de DST/Aids no Carnaval 2015

 

Público alvo são jovens de 15 a 29 anos

BRASÍLIA (23/1/15) - As festividades do pré-carnaval já começam neste domingo (25) e a Saúde também vai para as ruas com as ações de prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/AIDS). A Secretaria de Saúde distribuirá 1,4 milhão de preservativos masculinos – 30% a mais na comparação com outros meses – nos centros de saúde, blocos carnavalescos e entidades envolvidas na festa.

Neste domingo (25), a Saúde estará no Bloco das Virgens, no Setor Bancário Norte, e no próximo sábado (31) estará no Sovaco da Asa, no Cruzeiro. Nesses locais serão montados estandes para distribuição de preservativos, orientação de foliões, além de espaço para divulgação de mensagens de prevenção nas redes sociais. A SES/DF também apoiará as atividades da ONG Elos, que realizará testagem rápida para o HIV utilizando o método de fluido oral.

A Gerência de Doenças Sexualmente Transmissíveis destaca que o Carnaval é um período em que parte da população, em especial os jovens, vive situações de maior risco para a transmissão de DST/ AIDS. Por isso, o foco do trabalho neste período será voltado para esse público, principalmente, do sexo masculino na faixa etária de 15 a 29 aos. Segundo Sérgio D' Ávila, gerente da área, de 2008 a 2013, foram notificados 3.050 casos novos de AIDS, com 37% concentrados nessa idade.

"Considerando que mais de 54% dos casos entre os homens aconteceu em decorrência de relações homo/bissexuais, esta situação mostra vulnerabilidade dessa população. Por isso, insistimos para que as pessoas façam os exames para saber se são ou não portadores do vírus da AIDS ou Sífilis. Só assim, pode-se evitar o pior e proteger suas parcerias sexuais. É possível se divertir e se cuidar ao mesmo tempo", declarou.

A sífilis também apresenta crescimento nos últimos anos. Em 2014, foram mais de 469 casos notificados de sífilis adquirida, em sua maioria entre homens (72%). Para a detecção das doenças, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Rodoviária do Plano Piloto e os centros de Saúde intensificarão a oferta de testagem rápida. D' Àvila destaca que se uma pessoa se expuser a uma situação de risco neste carnaval, como relações sexuais sem camisinha, é preciso esperar cerca de 30 dias para fazer o teste e efetivamente detectar se houve infecção.