Secretaria de Saúde discute cuidado mental de jovens em seminário internacional
Secretaria de Saúde discute cuidado mental de jovens em seminário internacional
Evento, promovido pelo Ministério da Saúde, Opas e Fiocruz, destaca políticas no setor, experiências, intersetorialidade e programas
Willian Cavalcanti, da Agência Saúde-DF | Edição: Natália Moura, da Agência Saúde-DF
Nesta quinta-feira (10), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) participou do seminário internacional “Saúde mental, redes e desafios atuais – crianças, adolescentes e jovens”. Durante uma das mesas temáticas, a gerente do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Capsi) III de Taguatinga, Kelly Cristina, destacou experiências bem-sucedidas na unidade e o diálogo com a rede de atendimento da capital. Para ela, o foco deve ser os usuários: "Nossas atividades buscam, principalmente, o protagonismo social e o engajamento dos pacientes", disse. O evento - promovido pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), com apoio da Fiocruz - segue até sexta (11) e pode ser acompanhado pelo canal do DataSUS no YouTube.

No Dia Mundial da Saúde Mental, lembrado hoje, o seminário pretende jogar luz ao impacto do cuidado psicológico em crianças e adolescentes. Por meio de oficinas e mesas temáticas, as discussões giram em torno de temas como políticas públicas na área, trajetórias e experiências, intersetorialidade e redes assistenciais. Nas oficinas, grupos aprofundam os tópicos e debatem, por exemplo, a relação da saúde mental dos jovens no sistema judiciário ou nas escolas.
Atendimento especializado
Na rede pública do DF, são oferecidos diversos serviços especializados no cuidado mental infantojuvenil. Dentre eles estão o Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica (Compp) e o Adolescentro, ambulatórios voltados ao público mais jovem, com transtorno mental moderado ou que seja usuário eventual de substâncias psicoativas. O Compp atende pacientes de até 12 anos e o Adolescentro, entre 12 e 18 anos. Ambos os serviços podem ser acessados por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Já o Capsi trabalha com um acolhimento de portas abertas, isto é, sem a necessidade de ser encaminhado por uma UBS. A unidade é voltada a crianças e adolescentes que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes (até os 18 anos) ou sofrimento psíquico resultante do uso de substâncias psicoativas (até os 16 anos).

Rede de Atenção Psicossocial
A Rede de Atenção Psicossocial (Raps) foi instituída ainda em 2011, por meio de portaria, e foi atualizada em 2017. O objetivo é organizar os dispositivos que oferecem assistência em saúde mental. Na capital federal, a Diretoria de Serviços de Saúde Mental (Dissam) é a responsável pelos serviços na área aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
A SES-DF apresentou, na última semana (1º), os principais resultados alcançados no primeiro ano do projeto “Maps - Implementação e Fortalecimento do Cuidado em Saúde Mental na Atenção Primária à Saúde do DF”. A estratégia de trabalho prevê a elaboração de planos regionais, articulando os diferentes serviços da rede: equipes multiprofissionais (e-Multis), Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e ambulatórios de saúde mental.