Urticária pode ser causa de emergência hospitalar
Urticária pode ser causa de emergência hospitalar

Tema da Semana Mundial de Alergia de 2017, doença provoca até a morte
BRASÍLIA (28/3/17) - "Desde jovem eu ficava empolado, mas apenas há seis anos descobri que tenho urticária. Só comecei a entender a gravidade quando tive que procurar a emergência porque causou o edema de glote. Não conseguia respirar e perdi a voz". O depoimento é de Alexandre Pires da Silva, 46 anos, que possui urticária crônica e começou a ser acompanhado pelo Centro de Referência de Alergia e Imunologia do Hospital de Base.
A doença é tema da Semana Mundial de Alergia de 2017, celebrada de 2 a 8 de abril, e causa um grande impacto na vida de Alexandre, que chega a ter três ocorrências em uma semana. "Já aconteceu várias vezes de estar viajando com a família, e, em razão de uma crise, ser obrigado a parar no meio do caminho para ir ao hospital ou ter que ficar no quarto do hotel por causa da sonolência gerada pelo remédio", relatou.
Entre os sinais e sintomas da urticária, destacam-se lesões avermelhadas, quentes e que geralmente coçam. O surgimento das manchas é rápido e permanece por pouco tempo. Em 40% dos casos, o paciente pode ter também angioedema (inchaço).
"A urticária se apresenta de duas formas: a aguda, que persiste por menos de seis semanas, e a crônica, que dura mais de seis semanas de evolução. Estima-se que 20% da população mundial terão pelo menos um episódio de urticária", alertou a coordenadora de Alergia e Imunologia da Secretaria de Saúde, Marta Guidacci, que acompanha o tratamento de Alexandre. No caso dele, os locais mais atingidos são a nuca, o couro cabeludo, as mãos e os pés.
ALERGIA - É uma resposta exagerada do sistema imunológico a certas substâncias (alérgenos). Os portadores de alergias são chamados de atópicos ou alérgicos. O desenvolvimento dessa enfermidade depende da predisposição genética e do ambiente em que o paciente vive.
Segundo a Organização Mundial de Alergia, cerca de 40% da população mundial têm algum tipo da doença. Com base neste percentual, pode-se projetar que o Distrito Federal possua um milhão de pessoas alérgicas.
ATENDIMENTO - No Distrito Federal, os hospitais de Base e Regional da Asa Norte são especializados no tratamento de urticária e angioedema. Outros centros de referência em alergia são os hospitais da Criança, Materno Infantil, de Sobradinho, de Ceilândia e o Universitário de Brasília. Também há atendimento nas policlínicas de Taguatinga e do Gama, no Centro de Saúde 1 do Paranoá e na Unidade Básica de Saúde 11 de Vicente Pires.
Confira as recomendações para pacientes alérgicos:
1 |
Evitar ter em casa tapetes, carpetes, cortinas, almofadas, bichos de pelúcia e móveis estofados |
2 |
Revestir colchões e travesseiros com material sintético impermeável |
3 |
Dar preferência às colchas de algodão e de piquet ou ededrom. Não usar cobertores de lã ou chenile |
4 |
As paredes de casa deverão ter pintura lavável |
5 |
Limpar a casa diariamente, principalmente os quartos, com pano úmido e aspirador de pó. Descartar o uso de vassouras, panos secos e espanadores |
6 |
Não usar umidificadores e vaporizadores, aparelhos que estimulam o crescimento de ácaros e fungos |
7 |
Evitar animais de penas e de pelos dentro de casa |
8 |
Não utilizar inseticidas, espirais contra insetos, desodorantes ambientais e outras substâncias com aroma ativo |
9 |
Não fumar dentro de casa nem na presença do paciente |
10 |
Estimular atividades ao ar livre e praticar esportes |
Saiba mais sobre a Semana Mundial de Alergia 2017.