Secretaria de Saúde do Distrito Federal

Recém-nascidos reagem movimentando braços e pernas

BRASÍLIA (13/7/16) - Pernas, braços e mãos em movimento. É assim que os 25 bebês da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Materno Infantil reagiram aos estímulos dos sons emitidos pelos instrumentos tocados pela voluntária Fernanda Cabral, nesta terça (12) e quarta-feira (13). Formada em artes cênicas, a profissional faz mestrado em dramaturgia musical e também já tocou em hospitais em Portugal e em Madri.

"Esse trabalho é de grande importância para estabelecer o vínculo entre a mãe, o pai e o recém-nascido. O bebê sente quando a música chega. Hoje toquei muito para um deles que não se mexia. Toquei para os pais e quando retornei para o bebê, ele se mexia, abria os olhos, e a mãe viu isso", contou a voluntária.

Fernanda Cabral falava de Mirella Vitória, que possui 23 dias e cerca de 800 gramas. A pequena provou que a música realmente faz diferença. "Ela demorou a reagir, mas a Fernanda insistiu e ela abriu os olhos e vagarosamente começou a mexer os braços. Fiquei muito emocionada", contou a mãe, Kellen Souza.

A voluntário explicou que as músicas tocadas são improvisadas enquanto ela as executa. "Não existe uma composição, mas são melodias criadas no momento em uma espécie de miniconcerto para o bebê. Trabalho com instrumentos como a flauta, kalimba e percussão", citou.

A neonatologista, Joseleide Castro, explicou que todo estímulo ajuda no desenvolvimento do bebê. "Todo estímulo é importante para o bebê que já saiu da fase crítica. Isso inclui não apenas o contato físico da família, mas o cuidado suave, como na música, ajuda no neurodesenvolvimento. A música é um estimulo agradável para eles", disse a profissional.

"Acho bem legal porque os bebês ficam mais tranquilos e mais calmos. Eles estão se recuperando e ainda não podem sair do hospital", disse Tainá Souza, a mãe de Yasmim, que nasceu há 14 dias e foi uma das que mais demostrou os efeitos da música com sinais como gestos e olhos atentos.